Na última terça-feira (16), as dozes famílias retiradas do lixão de Pirapozinho receberam a primeira parcela do auxílio de R$ 510 oferecido pela prefeitura por seis meses, como regulamenta o projeto de lei (PL) nº 123/10, aprovado pela Câmara Municipal. Os catadores de recicláveis também receberão, por este mesmo período, cestas básicas e outros auxílios.
Os trabalhadores também foram inscritos pela Divisão Municipal de Assistência Social no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), que dá direito a descontos nas contas de água e energia elétrica, participação em programas habitacionais como “Minha Casa, Minhas Vida”, bem como Bolsa Família Renda Cidadã e Ação Jovem.
“Além disso”, acrescenta a diretora da pasta, Rita Sapia Gama, “como todas as famílias as famílias moram no território atendido pelo Centro de Referência de Assistência Social (Cras), os filhos destes trabalhadores deverão participar das oficinas e serviços do órgão, como balé, capoeira, acompanhamento psicológico, entre outros”.
No início de outubro, o lixão da cidade foi vistoriado pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), que listou várias irregularidades, inclusive a presença dos trabalhadores. De acordo com o prefeito Marcos Brambilla, o PL foi criado para não desampará-los. “Eles sobreviviam com o que recolhiam do local. Não podíamos apenas retirá-los e não dar nenhuma condição até que encontrasse um emprego”, diz.
A prefeitura está buscando parcerias para que cursos profissionalizantes sejam trazidos à cidade e oferecidos aos catadores. Também há o interesse em apoiar a criação de uma cooperativa de matérias recicláveis e implantar a coleta seletiva. “Próximo a área onde será construído o aterro sanitário da cidade, vamos erguer um barracão para que os trabalhadores possam separar o material e fazer o armazenamento adequado”, garante Brambilla. O terreno onde será instalado ao aterro sanitário está em estudo.