Colina do campo de Piratininga sobre a qual, a pedido do padre jesuíta Manuel da Nóbrega, foram lançadas as bases de um colégio chamado São Paulo, ali foi rezada a primeira missa no dia 25 de janeiro de 1554. Dois anos mais tarde, inaugurava-se no local uma igreja construída de taipas.
No ano de 1560, vieram se instalar ao seu redor os moradores de Santo André da Borda do Campo, vila fundada serra acima em 1553 por João Ramalho.
Nos arredores do Pátio do Colégio surgia uma nova cidade, deslocada do eixo litorâneo, onde seriam desenvolvidos, a partir de 1560, os produtos coloniais de exportação, principalmente o açúcar.
A partir de 1870, transformações profundas começaram a alterar o perfil da cidade. A implantação da Estação da Luz, em 1890, indicava não só o êxito da cultura cafeeira, mas um desenvolvimento efetivo da cidade. Da mesma forma, a construção do Viaduto do Chá, idealizado pelo francês Julio Martin, consolidou o crescimento da cidade em direção a oeste.
Novos bairros começavam a surgir num cenário em que a presença de imigrantes portugueses, espanhóis, italianos e alemães era significativa que, em 1893, eles compunham 55% da população urbana. A eles somavam-se também os imigrantes japoneses, que começaram a desembarcar no Porto de Santos a partir de 1918. Todos esses povos deram início a um processo de interrelação cultural que viria ser um dos elementos de definição da própria São Paulo.
O rápido crescimento da cidade impôs o ritmo de suas próprias transformações. Atualmente, vislumbrar a quinta maior cidade do mundo é uma experiência fascinante, tamanha são a extensão e a complexidade desta metrópole que, em apenas raros aspectos, faz lembrar a São Paulo de 120 anos atrás.
Concepções arquitetônicas arrojadas alteram dias após dia a fisionomia da cidade. Novos centros culturais, que colocam a tecnologia a serviço da arte, surgem neste espaço urbano moderno, regido pelas leis da mudança. A trajetória das transformações da cidade pode ser observada em seus museus e também, de forma nítida, em suas ruas e avenidas.Testemunhas de várias etapas da História, monumentos arquitetônicos e igrejas nos remetem a uma cidade do passado, que cedeu lugar a uma capital moderna na qual convivem as mais diversas culturas as quais continuam preservando suas tradições.
A região metropolitana de São Paulo, com cerca de 25 milhões de habitantes, é a maior cidade da América Latina; São Paulo acolhe a todos sem distinção de raça, credo ou cor, é a cara do Brasil, existe espaço para tudo e para todos.
São Paulo é considerada um dos maiores pólos gastronômicos do mundo. Uma rede de mais de mil restaurantes oferece comidas típicas de todas as regiões do Brasil e praticamente de todas as partes do mundo. Por isso, lazer de paulista sempre inclui a ida a um restaurante. Depois do teatro ou do cinema, antes da boate ou no descanso das compras.
São Paulo também tem excelentes museus de arte e históricos. O MASP, Museu Arte de São Paulo, em seu prédio moderno e arrojado, guarda uma coleção famosa internacionalmente que tem artistas como Bosch, Rembrandt, Poussin, Van Gogh, Renoir e Degas. A Pinacoteca do Estado está instalada em uma construção de 1905, totalmente recuperada, e tem em seu acervo obras de artistas brasileiros do Século XIX e do período Modernista. O Museu Paulista, conhecido como Museu do Ipiranga, exibe objetos que contam a história do Brasil dos Séculos XIX e XX. No Museu de Arte Sacra pode se conhecer imagens e objetos religiosos, os mais antigos do Século XVI, de uma coleção de mais de 4 mil peças. Esses são apenas alguns das dezenas de espaços dedicados à cultura na cidade. A “Sala São Paulo”, por exemplo, é palco dos concertos da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, reconhecida internacionalmente pela sua qualidade. Fica na antiga estação de trens “Júlio Prestes”, construída nos anos 30 e transformada numa das salas de concertos de acústica mais perfeita do mundo. O Theatro Municipal, de 1911, mantém uma rica decoração presente na pintura de seu teto, nos lustres de cristal e nos pisos de mármore das escadarias.
Faz parte da história da arte brasileira, pois abrigou a Semana de Arte Moderna de 1922. Mantém orquestra sinfônica, quarteto de cordas, corais e balé.
Nossa viagem à capital paulista continua na próxima semana. Não percam!