O governo anunciou hoje (3) mudanças nos depósitos compulsórios, recursos que os bancos são obrigados a deixar no Banco Central (BC). A medida deve retirar de circulação R$ 61 bilhões, a partir do próximo dia 13.

Segundo o BC, o adicional de compulsório sobre depósitos à vista e a prazo será elevado de 8% para 12%. O compulsório sobre depósitos a prazo aumentará de 15% para 20%.

O limite máximo de dedução das compras de carteiras de crédito e depósitos interfinanceiros será reduzido de 45% para 36% da exigibilidade de recolhimento do compulsório sobre depósitos a prazo. Essa medida de compra de carteiras de crédito foi adotada durante a crise financeira e agora o prazo de validade foi estendido de 31 de dezembro deste ano para 30 de junho de 2011.

Segundo o diretor de Política Monetária do BC, Aldo Luiz Mendes, daqui a sete meses essa medida será reavaliada e, caso se perceba que não é mais necessária, ela poderá ser retirada. “É uma medida que tem se revelado boa para instituições grandes e pequenas. A gente entende que é melhor fazer avaliações periódicas do que criar uma norma permanente”, afirmou Mendes.

O BC também informou que as emissões de letras financeiras passam a ficar isentas de recolhimento compulsório.