O Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope) fez na manhã de hoje (29) uma operação para confirmar informações sobre a existência de um paiol e um depósito de drogas na Favela da Rocinha, na zona sul da cidade. Na ação, duas pessoas foram detidas e duas toneladas de maconha foram apreendidas, além de balanças de precisão, uma granada e uma moto. Não houve troca de tiros.
Depois de receber informações anônimas feitas no serviço reservado do Bope e no disque-denúncia, cerca de 80 policiais, com o apoio de um blindado, se deslocaram para a comunidade que aguarda a implantação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).
De acordo com o relações públicas do Bope, capitão Ivan Blaz, “o outro objetivo da operação era atualizar os dados [de mapeamento] da Rocinha”. Ele afirmou que, com as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), desde a última operação policial ocorrida há um ano e meio, a comunidade sofreu muitas modificações em sua infraestrutura. “Além disso, outros prédios foram erguidos e terrenos foram ocupados.”
Com a ajuda de um equipamento israelense instalado em um ônibus, quatro câmeras com alcance de até três quilômetros, atualizaram informações da PM sobre as condições do território. É a primeira vez que esse equipamento é usado nesse tipo de operação.
Essa é a primeira operação do Bope sob o comando do tenente-coronel Wilman René Gonçalves Alonso, de 42 anos, que passou a ocupar, desde ontem (28), o cargo de comandante da tropa no lugar do também tenente-coronel Paulo Henrique Azevedo de Moraes, que irá comandar o 12º BPM, de Niterói. Por causa da operação, as obras do PAC foram paralisadas.
Em visita ao Complexo do Alemão, na zona norte, para um evento da Polícia Civil que distribuiu presentes na comunidade, o secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, afirmou que a operação na Rocinha ainda não iniciará o processo de ocupação.