A Polícia Civil de Dracena, através da DIG e DISE instaurou inquérito para esclarecer quem teria passado 19 trotes no telefone gratuito 190 da Polícia Militar. A informação foi dada ontem, pelo delegado André Luis Luengo, titular da DIG.

O pedido das investigações para as delegacias especializadas em desvendar crimes de autorias desconhecidas partiu do coronel Homero de Almeida Sobrinho, comandante do CPI-8 de Presidente Prudente.

A polícia tem a informação de que um homem que se identificou como Eduardo ou Luiz, que disse ser morador da Vila Lucélia, em oito meses deste ano, acionou a Polícia Militar fazendo 37 ligações de um mesmo número de celular fazendo denúncias de ocorrências de delitos, porém desse total, 19 delas eram mentirosas (trote). Em um dos trotes o tal elemento disse “Tem um homem roubando uma loja (mercado) na rua Paulo Vendramin”.

O delegado Luengo disse que isso é lamentável e considerado crime já que a Polícia Militar deixou de atender outras chamadas para ir até aos locais indicados pelo troteiro, gastando combustível e tempo com essa brincadeira de mau gosto.

Segundo o delegado, nesse tempo perdido para atender essas ligações de falsos crimes, a polícia poderia estar atendendo outras ocorrências verdadeiras.

André Luengo afirmou que as investigações visam esclarecer se as ligações foram feitas por uma só pessoa ou se houve a participação de outras. Ele entende que o autor dessas falsas comunicações de crimes precisam ser exemplarmente punidas já que está impedindo a PM de prestar atendimento em casos de emergências por causa das denúncias infundadas.

Luengo ressaltou ainda que o autor dos delitos sendo maior de idade pode responder na área penal por falsa comunicação de crime e perturbação da tranquilidade, cuja pena prevista é de até 3 meses de detenção e na civil terá que ressarcir o Estado por causa das despesas que ocorreu no deslocamento das viaturas até aos locais indicados.

O delegado explicou ainda que se o trote é feito por adolescente, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) prevê como punição medidas socioeducativas e a internação em uma unidade da Fundação Casa e se for menor de 12 anos, medidas de proteção.