O presidente do Equador, Rafael Correa, determinou que uma das prioridades para 2011 é uma ofensiva contra a violência e a insegurança no país. A iniciativa foi anunciada três meses depois que houve uma série de manifestações no país lideradas por policiais militares revoltados com decisões do governo Correa. Na ocasião, o presidente foi ferido durante os protestos e acabou isolado em um hospital público.

Na tentativa de garantir a implementação das ações, Correa escolheu um novo ministro para a área de segurança pública. As ações incluem o aumento do efetivo militar no país e da fiscalização na entrada de estrangeiros suspeitos de participação em ações de narcotráfico.

O novo ministro e coordenador das ações, Homero Arellano, anunciou o aumento do efetivo de policiais militares em todo o país e a elevação do número de patrulhas especializadas nas principais cidades do Equador.

Arellano não informou de quanto será o aumento de militares atuando no país, mas disse que será ampliado o número do efetivo tanto de policiais quanto de soldados das Forças Armadas – Exército, Aeronáutica e Marinha.

As informações são da Agência Pública de Notícias do Equador e da América do Sul (Andes).
Arellano pretende também aumentar o número de ambulância, veículos de combate a incêndios, unidades de atendimento da Cruz Vermelha e outras instituições de emergência.

O ministro do Interior, Alfredo Vera, acrescentou ainda que as medidas anunciadas também têm o objetivo de fortalecer a autoestima da polícia. Vera se referiu às manifestações ocorridas em 30 de setembro nas principais cidades do Equador, inclusive em Quito. Para ele, é uma maneira de distinguir os policiais “leais” ao presidente dos contrários ao governo.

“A polícia não está equipada com uma comunicação suficiente, mas não é o único problema. Há uma escassez de policiais e a necessidade de melhorar formação deles. Há muito a fazer “, disse Vera.