O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou hoje (7) que o Plano Nacional de Banda Larga é uma prioridade para a presidenta Dilma Rousseff. Bernardo afirmou que até abril pretende encerrar uma rodada de reuniões com setores econômicos e sociais como empresas privadas, federais, sindicatos e associações de provedores para chegar a um termo de acordo e ter uma orientação clara do governo sobre como conduzir o plano.
“A presidenta reafirmou a determinação que tinha me dado em dezembro de que temos de dar prioridade total para essa questão da banda larga. Ela está muito empenhada nisso”, disse o ministro após se reunir com Dilma durante a manhã para tratar do assunto.
Segundo Bernardo, inicialmente a Telebras fará parcerias com empresas federais para usar delas as redes de fibra ótica e citou como exemplo a Petrobras e as do setor elétrico. “A orientação da presidenta é que a Telebras tenha condições de assumir e usar essas redes e fazer uma tratativa para remunerar as empresas”, explicou.
Paulo Bernardo afirmou que uma possível gratuidade do serviço de internet banda larga não está sendo discutida, mas sim a cobrança de tarifas diferenciadas para garantir o acesso à população de baixa renda. Ao ser questionado se o valor poderia ser subsidiado, Paulo Bernardo respondeu que, se for necessário, isso poderá ocorrer.
“Existe uma classe média cada vez mais numerosa, e as pessoas estão cada vez mais sedentas de ter acessoa às novas tecnologias, à informação, às novas mídias e, portanto, temos que trabalhar acelerado nesse processo”, afirmou Bernardo.
O ministro das Comunicações afirmou que também irá discutir com as empresas que atualmente prestam o serviço uma possível mudança de estratégia para baratear os valores pagos hoje pela classe média. “Considero que há uma estratégia equivocada das empresas no Brasil de oferecer um serviço mais caro a menos pessoas. É preciso massificar o atendimento, colocar essa discussão na mesa”.
A Telebras terá R$ 589 milhões para implantar o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) e conectar 1.173 cidades à grande rede, a um custo previsto de R$ 35 para o cidadão. Os recursos correspondem aos R$ 316 bilhões em créditos extraordinários do Poder Executivo, previstos para 2010 e empenhados no final de dezembro, somados aos R$ 273 milhões em aporte de capital previsto para 2011.