O mês de janeiro, que ainda não terminou, terá uma triste estatística com relação ao número de Boletins de Ocorrência de furtos de autoria desconhecida registrados em vários pontos de Dracena. A maioria dos casos ocorreu em estabelecimentos comerciais e o restante em residências por meio de arrombamentos.

Dados levantados ontem pela reportagem junto a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) mostram que o índice de furtos de 1º de janeiro até ontem de manhã foi 18% maior em comparação ao mês inteiro de dezembro do ano passado.
Em dezembro, a Polícia Civil atendeu 57 casos de furtos em Dracena e nos 28 dias deste mês atendeu 69, nos quais foram levados aparelho de televisão, aparelho de DVD, entre outros objetos.

A Polícia Civil acredita que esses objetos furtados, muitas vezes, têm o destino certo, já que nas diligências não foram localizados em casas de supostos receptadores ou traficantes, levando a crer que estão sendo trocados em outras cidades. Na opinião do delegado André Luengo, da DIG em Dracena, o autor do furto comete o delito e o receptador pega a mercadoria e a leva para fora do município.

Ontem de manhã, Luengo analisou e apontou causas que teriam provocado o aumento de furtos. A primeira causa, segundo ele, seria o período de férias, entre dezembro e janeiro, quando a maioria da população está viajando. Luengo ressaltou ainda que a falta de cautela por parte de algumas pessoas facilita a ação dos meliantes.

Ele explicou que existem casos em que a pessoa viaja e não avisa os vizinhos, deixa a casa sem alguém para varrer a parte da frente, deixa as lâmpadas acesas dentro ou fora do imóvel e correspondências jogadas e sem recolher que chamam a atenção dos ladrões. “São cautelas que os moradores devem tomar e garantir o sentido de segurança privada que todos nós devemos ter. Isso realmente tem provocado o aumento do número de furtos principalmente nas residências”, afirmou o delegado.

André Luis Luengo disse ainda que a polícia costuma reforçar o efetivo nessa época do ano, com maior número de rondas e de policiais nas áreas onde há o maior índice de furtos, mas mesmo assim, muitas vezes, o trabalho não consegue a eficácia almejada.

Ele lembra que o alerta da polícia é para que, ao viajar, o morador avise e deixe a chave da casa com o vizinho; se possível peça para alguém que pernoite no imóvel recolher as correspondências e apagar as lâmpadas. “São cautelas que se todos nós tomarmos, com certeza, vão ajudar em muito a polícia a reduzir os furtos”, comentou o delegado.

André Luengo afirmou que na área comercial a presença de vários tipos de produtos em vitrines atrai e contribui muito para a ação do ladrão. Segundo ele, o ideal é esconder a mercadoria e deixá-la a mostra no momento da venda, evitando o furto, no qual o comerciante leva o prejuízo patrimonial pela subtração da mercadoria e pelos danos e a bagunça que são praticados dentro dos estabelecimentos. “É importante que o comerciante faça a parte dele na questão da segurança privada, já que ela não é obrigação somente do Estado, mas de todos. Por isso, eles devem adotar o estabelecimento de algum sistema que pode controlar e ajudar a polícia neste mistério”, concluiu Luengo.