Não só os fãs brasileiros aguardam com expectativa o show da cantora Amy Winehouse hoje (15) à noite, no Arena Morumbi em São Paulo. Alguns músicos também. É o caso do jovem Renato Spinosa, que durante a infância e adolescência morou em Dracena e ainda possui familiares por aqui. Renato estreará em grande estilo com seu trio vocal Fellas, abrindo o Summer Soul Festival em São Paulo, evento que trouxe a cantora britânica ao Brasil e outras atrações internacionais como Mayer Hawthorne e Janelle Monáe.

As atrações nacionais são o ‘Instituto’ e os atores-cantores Miranda Kassin & André Frateschi, que convidaram os amigos do trio vocal masculino e banda – ‘Fellas’ inspirado nos grupos de jazz dos anos 40, composto por Renato Spinosa, Piero Damiani e Henrique Vilas Boas para se apresentarem com eles. “Ainda não caiu minha ficha, acho que só vai cair quando estiver no palco. Estou muito ansioso, gosto muito do primeiro disco da Amy”, diz Renato.

A reportagem do Jornal Regional conversou com ele na terça-feira à tarde, por telefone. O recém-formado em Música com habilitação em Composição, na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (USP) contou que o Fellas teve apenas duas semanas para levantar todo o repertório, arranjar as vozes e ensaiar com a banda para o show composta por dois guitarristas, um baixista, um baterista, trio de metais, além de Miranda e André. Ontem, seria feita a passagem de som.

Além do Fellas, Renato atua como cantor na ‘DOIScontraum’, uma banda, que mistura rock experimental com ritmos populares e improvisação livre, também é professor de prática de conjuntos vocais na Escola de Música do Auditório do Ibirapuera para adolescentes de baixa renda e trabalha com preparação vocal de atores.

FAMÍLIA – Renato é filho de Rosalice de Oliveira Spinosa e Dimas Spinosa. Tem um irmão cinco anos mais velho, o professor universitário Rodrigo Spinosa. Paulistano, Renato iniciou seus estudos musicais pelo piano aqui na cidade, nos anos 90 com as professoras Ana Paula Barros e Hellen Rose Rodrigues até 2003, quando concluiu o curso técnico do instrumento. “Devo muito a Hellen. Vivi em Dracena numa fase em que havia muitos conservatórios.

Quando chegou a época do vestibular decidi continuar com a música. Na universidade tive muitas oportunidades, os professores são referências mundiais”, afirma.

Mesmo começando os estudos de piano aos cinco anos, a relação com a música ainda teve início antes, quando ele ainda era um bebê. A família morava em São Paulo e o irmão Rodrigo, ainda pequeno, tinha a ideia fixa de estudar violino.

A mãe o matriculou nas aulas de piano e pela questão de distância na capital paulista, assistia às aulas do filho mais velho com Renato no colo. “Foi aí que tudo começou”, brinca o músico, que logo mais estará no palco do Arena Anhembi se apresentando antes de Amy Winehouse.