Os postos de atendimento da Receita Federal nos municípios de Teresópolis e Petrópolis voltaram a funcionar após as chuvas fortes que atingiram a região serrana do Rio entre os dias 11 e 12 deste mês. O mesmo não ocorre, entretanto, com a agência de Nova Friburgo, cidade que sofreu os maiores impactos da catástrofe, segundo informou hoje (24) à Agência Brasil o auditor José Carlos Sabino, assistente da Superintendência da Receita Federal na 7ª Região Fiscal, que compreende os estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo.
“Nova Friburgo sofreu as maiores consequências”, disse o auditor. Como a agência está localizada no centro da cidade, na Praça dos Suspiros, que foi arrasada pela enxurrada, os estragos foram grandes. Sabino relatou que a lama que tomou as ruas, atingindo 60 centímetros de altura, invadiu o primeiro andar do prédio. Equipamentos e processos de contribuintes foram destruídos. “Isso prejudicou o sistema informatizado utilizado pela Receita para fazer o atendimento ao público”.
Na última sexta-feira (21) foi restabelecido, apenas, o atendimento relativo a cadastros, porque o sistema ainda não está totalmente funcional, disse o auditor. Ele acredita que a partir da próxima quarta-feira (26) a agência voltará à normalidade, “embora ainda exista um rescaldo de trabalho interno, porque muitos processos físicos em papel estão sendo restaurados”.
A Superintendência da Receita já orientou as equipes que trabalham no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro -Tom Jobim para que dêem agilidade ao desembaraço de doações vindas do exterior para os desabrigados das chuvas na região serrana fluminense. José Carlos Sabino disse que as doações, na maioria da Cruz Vermelha Internacional e de organizações não governamentais estrangeiras, englobam conjuntos com barracas e utensílios para os desabrigados e estojos de saúde para análise patológica, além de vacinas. Ainda é esperada a chegada de mil barracas do Reino Unido.
A Receita Federal também está ajudando. O órgão doou para os municípios afetados pela enchente cerca de 100 toneladas de mercadorias apreendidas, que se encontram nos depósitos da Receita no Rio de Janeiro. São roupas, eletrodomésticos, material de higiene, colchonetes, pratos, talheres, entre outros bens. “Tudo que estava disponível no nosso depósito”.
A Receita já entrou em contato com a Secretaria Estadual de Ação Social, que se encarregará de recolher as mercadorias. Sabino explicou que, devido à dificuldade de logística na região serrana, a secretaria está centralizando as doações em um depósito na capital do estado para ir liberando à medida que as prefeituras solicitem.