As revendedoras independentes de automóveis importados filiadas à Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva) projetam vender este ano 160 mil unidades. O número representa 4,4% do total nacional de vendas de automóveis estimado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), de 3,7 milhões de unidades.
Pelas projeções da Anfavea, as vendas de carros importados devem representar 22% do mercado em 2011. Este percentual leva em consideração as importações feitas pelas montadoras que tem plantas no Brasil e se beneficiam de acordos internacionais de redução de tarifas para trazer modelos do exterior.
O presidente da Abeiva, José Luiz Gandini, disse que, em 2010, das 811 mil unidades importadas, apenas 16% entraram no país via importadoras independentes. Segundo ele, as 560 revendas associadas à Abeiva venderam 105 mil veículos no ano passado, uma alta de 144,1% sobre o resultado de 2009. Isso significou uma participação de 3,18% no mercado nacional, ante 1,44% em 2009.
Sobre os efeitos das medidas anunciadas ontem (6) pelo Banco Central para o mercado futuro de câmbio, Gandini disse que é prematuro fazer qualquer avaliação sobre as consequências para o comércio de carros importados. Mas reconhece que a valorização do dólar pode prejudicar os negócios. “Quando você tem um câmbio menor, há mais margem para promoções. Se você perder essa flexibilidade pode, até, inviabilizar a vinda de alguns modelos”.