No ano passado, em 12 de janeiro, um terremoto de 7,3 graus na escala Richter atingiu, por volta das 16h30, a maior parte do Haiti. Houve ainda dois tremores secundários, de 5,9 e 5,5 graus, depois do primeiro terremoto. Cerca de 220 mil pessoas morreram e 1,5 milhão ficou desabrigado. No terremoto morreram a médica Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança, e 18 militares brasileiros.
A reorganização do Haiti foi resultado de uma ação coordenada pelos Estados Unidos e a comunidade internacional. Poucos dias depois do terremoto, um ciclone extratropical provocou enchentes no país. No final de 2010, o furacão Tomas atingiu o país matando pelo menos 20 pessoas e gerando mais enchentes e deslizamentos de terra.
Ao longo do ano passado foram inúmeras as reuniões de emergência convocadas pela Organização dos Estados Americanos (OEA) e a Organização das Nações Unidas (ONU) na tentativa de buscar soluções para o Haiti. O então presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi ao Haiti e ficou impressionado com o que viu. Segundo ele, o ideal era a concessão de perdão da dívida externa do país.
Ao assumir o governo no dia 1º, a presidenta Dilma Rousseff anunciou que o Brasil se unirá a Cuba para combater a epidemia de cólera no Haiti. De acordo com ela, o Haiti está na lista de prioridades da política externa brasileira.