Por R$ 450 milhões, o Banco BTG Pactual fechou acordo para a aquisição da totalidade de ações do Grupo Silvio Santos no Banco PanAmericano S.A. Com o acordo, o BTG Pactual passa a ter 37,64% da instituição, com 51% das ações ordinárias e 21,97% das preferenciais.

Assim que aprovada pelo Banco Central, o BTG Pactual irá fazer oferta pública para compra de ações preferenciais e ordinárias. Segundo nota do PanAmericano à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o valor da ação ordinária terá o mesmo preço de uma preferencial, ou seja, R$ 4,89 por ação, na data de conclusão do negócio.

Em 2010, após a descoberta de um déficit contábil de R$ 2,5 bilhões no PanAmericano, o Fundo Garantidor de Crédito (FGC), entidade privada com participação de bancos públicos e privados do país, fez empréstimo a instituição, ficando com as empresas do grupo Silvio Santos como garantia.

Ontem, após o fechamento da venda do PanAmericano, o empresário afirmou que não deve mais nada ao FGC, que concedeu o empréstimo. “Agora, estou livre. A televisão que alguém queria comprar não está mais à venda”.

De acordo com nota do Pactual, a Caixa Econômica Federal, que tem 49% do total das ações ordinárias do PanAmericano e 36,56% no capital total, reiterou seu compromisso de manutenção da parceria estratégica com o banco, por meio de um acordo de cooperação.

O patrimônio do PanAmericano hoje é de aproximadamente R$ 7,3 bilhões e o do Banco BTG Pactual, de R$ 5,6 bilhões. José Luiz Acar Pedro será o novo presidente do PanAmericano, que terá atuação independente do BTG Pactual.