“Achei três compradores interessados na minha casa. Mas infelizmente eles desanimaram depois de notarem a calamidade da casa abandonada do outro lado da rua ocupada por pessoas estranhas”. Desabafou o aposentado de 76 anos que preferiu não se identificar e que reside há quatro anos na rua Jonas Dias dos Santos, no bairro Marrecas.

Reclamações como esta tornaram se frequentes entre os vizinhos da rua.

Na manhã de quarta-feira (16), em frente à casa, C.S.C., mãe de uma dependente química, chamava desesperadamente pela filha, que segundo ela, há dias está confinada na residência sem energia elétrica e água, na companhia de mais seis pessoas em condições sub-humanas.

Em contato com um dos sete ocupantes da casa, ele afirmou que ali cozinham com alimentos doados e dividem dois colchões de solteiros para poderem dormir. Questionado pela reportagem se seriam usuários de entorpecentes, ele negou. Mas afirmou serem todos dependentes alcoólicos.

OUTRO LADO – A reportagem procurou a Vigilância Sanitária do município para se manifestar sobre a situação das condições de moradia daquela casa.

A chefe da Vigilância, Leiva Ribeiro disse que até então havia apenas queixa do matagal e lixo em torno da casa.

Segundo ela, sabendo da ocupação dessas pessoas no local, serão direcionados agentes do órgão para vistoriar o endereço. A responsável pela Vigilância ainda disse que entraria em contato com o proprietário do imóvel solicitando providências urgentes.