O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, decidiu hoje (15) autorizar a retomada das negociações com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) visando ao resgate de dois reféns, mas exigiu que os guerrilheiros assegurem o cumprimento dos acordos e não enviem informações equivocadas para a libertação dos sequestrados. A expectativa é que, nos próximos dias, sejam libertados o militar do Exército Salim Antônio Sanmiguel Valderrama e o policial Guillermo Solórzano.
A terceira etapa da operação de resgate foi suspensa anteontem (13), depois que as autoridades colombianas acusaram as Farc de descumprir acordos. A decisão de retomar as ações foi divulgada hoje pelo representante do governo nas negociações com as Farc, Eduardo Pizarro. Em um comunicado, o governo colombiano se responsabiliza pela retomada das ações desde que os guerrilheiros garantam que vão cumprir com o que for decidido.
As informações são da Presidência da República da Colômbia. “Exigimos que as Farc, desta vez, assumam a responsabilidade total e o total compromisso com o que foi negociado”, diz a nota. “Vamos continuar a honrar os compromissos e os protocolos de segurança para garantir que a operação seja um sucesso”, acrescenta o texto.
Para Santos, é fundamental ainda que as Farc assegurem a libertação, no futuro, de mais 16 reféns, todos integrantes da Polícia Nacional e do Exército. O Brasil tem participado diretamente das operações de resgate fornecendo uma equipe com 22 militares e dois helicópteros do Exército. Também integram o grupo de resgate a ex-senadora colombiana Piedad Córdoba, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha e representantes de organizações não governamentais.