Nas últimas semanas o Egito foi destaque em toda a imprensa nacional e internacional devido às manifestações populares, que queriam o fim da ditadura do presidente Hosni Mubarak, que governou o país por quase 30 anos. Com a renuncia do ditador e um governo provisório, a paz e a normalidade aos poucos começam a retornar àquele país que tanto encanta, devido a seus mistérios milenares, afinal são mais de 5 mil anos de história. Agora que parece que os ânimos estão ficando mais calmos, muitos turistas já estão retornando ao país, mas como o brasileiro é precavido e gosta mesmo é de paz, o negócio é esperar mais um pouco antes de decidir viajar para lá. Mas como sonhar não custa nada, planejar uma viagem pode! Para isso vamos mostrar um pouco mais desta magnífica nação, a qual o mundo estava observando à distância nos últimos dias.
São mais de 5 milênios de história que o turista pode observar em monumentos deixados pelos faraós às margens do Rio Nilo. É o maior tesouro arqueológico ainda em exploração que a humanidade tem conhecimento. Mas não é somente as pirâmides e a esfinge conhecidas pelas imagens retratadas por todos que lá estiveram, são tantos os monumentos e sítios arqueológicos que chegam a mais de 700.
Começamos nossa viagem pelo Cairo. Cidade que recebe anualmente mais de 4 milhões de turistas, considerado um ponto de encontro entre o Oriente e o Ocidente, herdeiro de fascinantes traços do passado, rico em cores, atividades, sons, movimentos e perfumes. Entre tumbas faraônicas e suntuosos palácios, de uma época distante, o Cairo se apresenta em uma explosão de cores fortes e luminosas, surgindo em um privilégio geográfico as margens do Rio Nilo, ao longo do qual nasceu e se desenvolveu a civilização egípcia. Com o tempo Cairo conquistou a margem ocidental do rio, estendeu-se para o sul até englobar as pirâmides de Giza e chegou até Heliópolis, cidade satélite, nascida no meio do deserto no início do século passado. Tem aproximadamente 15 milhões de habitantes, sendo a cidade mais populosa da África e de todo o mundo
islâmico.
Rica de história e de arte, a cidade do Cairo possuí exposições únicas no mundo. Entre todas, a mais importante é a do Museu Egípcio (que sofreu muito com as recentes manifestações), com atrações de estimável valor arqueológico, como o famoso tesouro de Tutankamon, com sua máscara mortuária toda em ouro maciço, descoberta em 1922 pelo arqueólogo Howard Carter, etapa obrigatória na visita de qualquer turista. Outras interessantes exposições são as do Museu Islâmico, com um vasto acervo de toda a expressão artística da cultura árabe.
O Velho Cairo, situado ao longo da margem oriental do Nilo, é tradicionalmente habitado pela comunidade cristã copta. Desenvolveu-se ao redor da antiga fortaleza romana da Babilônia, da qual restam hoje notáveis traços que assimilam o ingresso no bairro. Ele vem sendo habitado por cristãos, que sempre mantiveram relações de convivência pacífica com a maior parte dos muçulmanos.
Chegam a nós importantes testemunhos da cultura da arte copta, através de diversos edifícios religiosos, tais como as igrejas de Santa Maria e São Sérgio, e através do famoso Museu Copto. Na área compreendida entre a mesquita e as ruínas se estende agora o bairro do Vasai, no qual se produzem cerâmica de boa qualidade, através de antigas técnicas egípcias, em particular, jarros para água, conhecidos como Kulla.
A Abu Sarga, ou Igreja de São Jorge, é a primeira igreja que se encontra ao cruzar a Muralha da Cidadela. Foi fundada no Século X onde, segundo a lenda, Maria se escondeu com o menino Jesus durante a fuga do Egito. A pequena igreja, na típica estrutura bizantina-egípcia, está dividida em seu interior, em três naves. São bonitas as linhas que separam o altar mor e as duas capelas do resto da igreja. Uma curiosidade são as colunas de mármore, trazidas de antigos prédios, sem levar em conta o diâmetro, nem o estilo arquitetônico delas.
Ao passear pelo Cairo, também não deixe de conhecer a Igreja de Santa Bárbara, fundada no Século V e reconstruída no Século IX, a Igreja apresenta uma estrutura semelhante a da Igreja de São Jorge. Mantém em seu interior, além de diversos e belíssimos afrescos, as relíquias da santa martirizada no Século III.
Próxima à Igreja de Santa Bárbara, a Sinagoga de Bem Ezra foi construída como igreja copta e mais tarde veio a ser vendida à comunidade judaica, no fim do Século IV. O prédio que representa a mais antiga e importante sinagoga egípcia, segundo a lenda, teria sido construído sobre o lugar onde o patriarca Moisés parou para rezar. No interior da pequena construção podem-se apreciar vitrais muito interessantes, além de preciosos manuscritos antigos.
A Sitt Mirian “Igreja de Santa Maria” situa-se na região sudoeste da cidade e é chamada de “A Suspensa” ou “Igreja Pênsil”, pois está edificada em posição elevada sobre os restos da porta do sul da Fortaleza da Babilônia. Fundada no Século IV, foi reconstruída no Século XI. Foi também a sede do patriarcado copto por quatro séculos a partir de 1000 D.C.
A Porta das Conquistas edificada ao lado norte das muralhas da cidade medieval, é tida como um dos melhores exemplos da arquitetura árabe.
A Bab Zuwaila, é a abertura sul da cidade, que constituía em determinada época principal entrada da cidade medieval. Construída no Século XI, apresenta o mesmo estilo arquitetônico das duas portas norte.
Outra atração imperdível é o Palácio Manijal, antiga residência do príncipe Mohammed Ali, neto do rei Farouk, último soberano antes do advento da República (1953).
Mais recente, e nem por isso menos interessante, encontramos o Teatro Ópera. Um teatro que foi inaugurado em 1988, em substituição a um do Século XIX, reduzido às cinzas em um grande incêndio em 1971.
É claro que o ponto turístico mais visitado do Egito é a Vila Faraônica. As pirâmides, os templos, as necrópoles, tudo isso pode ser apreciado nos arredores do Cairo. A descoberta desse mundo único dos testemunhos da maravilhosa civilização egípcia prossegue fora da área urbana da cidade. A Vila Faraônica, às margens do Rio Nilo e uma fiel e eficaz reconstrução de uma avançada civilização que floresceu há milhares de anos atrás, e a visita às numerosas maravilhas arqueológicas que se espalham às margens do Nilo.
Há poucos quilômetros do Cairo localizam-se Gizé, com as monumentais pirâmides e a Esfinge, símbolo do poder faraônico; os restos arqueológicos de Mênfis; a mais antiga capital do Egito; e enfim Saqqara, com suas tumbas esplendidamente decoradas.
A dança do ventre também é uma atração à parte e pode ser conferida em El-Hambra, Sheraton Hotel e na praça El Galaa Doqqi.
A melhor época para se conhecer o Egito é de outubro a abril. Geralmente o clima do Egito é quente, no mês de julho a temperatura é mais quente e em janeiro mais fria.
Se você pretende conhecer o Egito na alta temporada, planeje bem a viagem, pois o país exige visto de entrada e permanência. Consulte seu agente de viagens e bom passeio!