O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), utilizado como referência para reajustes em contratos de aluguel, ficou em 0,66% na primeira prévia de fevereiro. A taxa, calculada pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), superou a verificada um mês antes, que foi de 0,42%. No ano, o índice acumula elevação de 1,46% e nos últimos 12 meses, de 10,93%.
O resultado da primeira leitura do mês reflete a elevação média de preços tanto no setor atacadista quanto no varejo. A alta mais expressiva foi observada no Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que passou de 0,40% para 0,76%, com destaque para o aumento das matérias-primas brutas (de 0,59% para 2,40%), principalmente minério de ferro (de -2,29% para 5,65%), milho (de 0,93% para 7,69%) e algodão (de 2,83% para 14,20%). Já entre os que tiveram decréscimo na taxa estão aves (de 2,48% para -3,93%), soja (de 1,47% para -0,70%) e leite in natura (de 3,10% para 0,22%).
Outro componente do IGP-M, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) passou de 0,41% para 0,45% no período. Entre as despesas das famílias que mais pesaram no orçamento estão os transportes (de 0,43% para 1,53%), com destaque para tarifa de ônibus urbano (de 0,07% para 3,29%).
Também ficaram mais caros os itens dos grupos educação, leitura e recreação (de 0,20% para 1,63%), despesas diversas (de 0,34% para 0,88%) e habitação (de 0,13% para 0,33%). Segundo a FGV, ficaram menores ou oneraram com menos força o orçamento das famílias os gastos com vestuário (de 1,08% para -0,63%), alimentação (de 0,64% para -0,10%) e saúde e cuidados pessoais (de 0,44% para 0,36%).
Já o terceiro componente do IGP-M, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) apresentou decréscimo ao passar de 0,62% para 0,52%, com a influência do custo da mão de obra (de 1,22% para 0,24%). A taxa relativa aos materiais, equipamentos e serviços subiu de 0,06% para 0,79%.
Para calcular o IGP-M do primeiro decêndio de fevereiro, a FGV coletou dados entre os dias 21 e 31 de janeiro.