A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) fechou o mês de janeiro em 1,27%. A taxa, divulgada hoje (1º) pela Fundação Getulio Vargas (FGV), é a mais elevada desde a primeira semana de fevereiro de 2010, quando o índice registrou alta de 1,33%. O resultado de janeiro também ficou 0,09 ponto percentual acima do apurado na última divulgação, de 22 de janeiro, quando a taxa atingiu 1,18%.
O avanço no IPC-S foi puxado pelo aumento nos preços em quatro das sete classes de despesa: educação, leitura e recreação (de 2,98% para 4,01%), especialmente cursos formais, cuja taxa subiu de 4,90% para 6,82%; os transportes (de 2,08% para 2,69%), com destaque para as tarifas de ônibus urbano (de 4,36% para 6,43%); as despesas diversas (de 1,12% para 1,25%), principalmente o jogo lotérico (que na apuração anterior havia apresentado variação nula e nesta aumentou 2,67%); e habitação (de 0,24% para 0,34%), influenciada por aluguel residencial (de 0,31% para 0,65%).
Por outro lado, ficaram mais baratos ou subiram com menos intensidade os índices dos grupos vestuário (de 0,36% para -0,12%), influenciado pela queda nos preços das roupas (de 0,45% para -0,13%); alimentação (de 1,64% para 1,36%), principalmente as frutas (de 1,89% para 0,80%); e saúde e cuidados pessoais (de 0,52% para 0,46%), com a contribuição de artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,64% para 0,27%), que reduziram o ritmo de alta.
Entre os produtos pesquisados, a FGV informou que as altas mais expressivas foram observadas em tarifa de ônibus urbano (6,43%), tomate (32,94%) e curso de ensino superior (4,86%). Já as principais quedas de preço foram verificadas em limão (-27,89%), feijão-carioquinha (-14,06%) e passagem aérea (-12,09%).
O IPC-S mede, toda semana, a inflação mensal nas classes de despesa alimentação; habitação; vestuário; saúde e cuidados pessoais; educação, leitura e recreação; transportes; e despesas diversas.
O dados do IPC-S de janeiro foram coletados entre os dias 1º e 31 e comparados aos vigentes entre 1º e 31 de dezembro de 2010. O índice é calculado com base em preços observados em sete capitais: Recife, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre.