Manifestantes voltaram às ruas hoje (15) das principais cidades do Iêmen em protesto contra o governo do presidente Ali Abdallah Saleh. Há 32 anos no poder, Saleh assumiu o governo depois de um golpe militar. É mais um dia de protestos liderados por estudantes universitários, que pedem a saída de Saleh.
Ontem (14) foram registados conflitos, na capital iemenita, Sanaa. Manifestantes contrários ao governo Saleh e simpatizantes do presidente entraram em confronto, armados com paus e pedras. No último domingo, dirigentes dos partidos da oposição iemenita disseram aceitar a proposta apresentada no início deste mês por Saleh para estabelecer um diálogo.
No começo do mês, o presidente avisou que não vai se candidatar à reeleição. A decisão foi anunciada logo depois que surgiram as primeiras sinalizações de insatisfação popular no Iêmen e houve o agravamento da crise no Egito e a onda de protestos na Tunísia.
A oposição, no entanto, condiciona o diálogo à divulgação de um calendário detalhado para as eleições, à execução de reformas políticas e judiciais e ao afastamento de todos os parentes do Saleh de cargos públicos. Uma das exigências é que ele não transfira os poderes para o filho nem prolongue seu mandato presidencial, que, de acordo com a Constituição, terminará em 2013.