O presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), defendeu há pouco, em entrevista no Salão Verde, que pensar em elevar o valor do salário mínimo acima dos R$ 545 propostos pelo governo “é pensar pequeno”. Ele entende que a correção pelo projeto do governo “já significa valorização real do mínimo e estabilidade nas regras criadas para o longo prazo”.
Começam a chegar à Esplanada dos Ministérios manifestantes das centrais sindicais que durante o dia vão ficar concentrados em frente ao Congresso Nacional para defender a correção.
A votação está prevista para iniciar às 13h30. Vão ser ouvidos 20 deputados da base aliada e 20 da oposição.
O PSDB quer que o salário seja fixado em R$ 600 e o Democratas, em R$ 560, com a adesão das centrais sindicais, que ontem baixaram sua proposta, que era de R$ 580. A votação será feita em duas etapas, segundo Maia.
Ontem o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse na Câmara que o governo não tem condições de alterar o valor de R$ 545, pois para cada real que é elevado no valor do salário mínimo o custo adicional para o governo é de R$ 300 milhões. O primeiro valor apresentado pelo governo na Medida Provisória foi o reajuste de 5,88%, e o salário seria de R$ 540, mas como o índice da inflação, medido pelo INPC foi de 6,47% a área econômica resolveu arredondar para R$ 545, uma vez que o valor seria de R$ 543.