O governo de transição no Egito vai ser comandado pelo Conselho Supremo das Forças Armadas. Ao anunciar que também vai deixar o governo, o vice-presidente egípcio, Omar Suleiman, disse que o processo de transição será rápido. Ele, no entanto, não forneceu detalhes de como será a passagem para o regime democrático.
As informações são da BBC Brasil e da agência pública de notícias de Portugal, Lusa. Pela manhã, o Conselho Supremo das Forças Armadas se reuniu, sem as presenças de Mubarak e Suleiman, e manifestou apoio aos protestos das ruas contra o governo. Porém, manteve o tom de neutralidade.
Os militares, nos últimos dias, assumiram uma posição mais próxima aos manifestantes. Foi evitada a violência nas ruas e reações de críticas aos oposicionistas.
Uma das principais reivindicações dos manifestantes é a revogação do estado de emergência – em vigência no Egito há quase três décadas – que impõe censura e privações à liberdade de expressão. Porém, o fim desta lei é apenas uma das demandas da oposição.
Os manifestantes querem garantias de que as eleições serão realizadas seguindo orientações de observadores internacionais. Em setembro, haverá eleições presidenciais no Egito e também para a escolha dos integrantes da Assembleia Nacional Constituinte, que será responsável por mudanças na Constituição egípcia.