O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, apelou hoje (17) ao chefe da monarquia do Bahrein, o xeque Al Khalifa, que está há 40 anos no poder, e às demais autoridades do país para que evitem o uso de violência contra os manifestantes que mostram oposição ao monarca. Ki-moon cobrou ainda que sejam instaurados processos contra os responsáveis, por atos de violência. As informações são da agência de notícias das Nações Unidas.
“Devem ser garantidos a liberdade de expressão e o acesso à informação, especialmente para jornalistas cujos movimentos e atividades devem ser assegurados”, afirmou o representante da ONU. “Não deve haver violência e devem ser protegidos os direitos humanos.”
O jornalista norte-americano Miguel Márquez, da rede privada de televisão ABC, afirmou que foi atacado enquanto fazia a cobertura de uma das manifestações no Bahrein. De acordo com Márquez, o ataque foi promovido por policiais. Há informações de que as autoridades de segurança do país usaram gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar os manifestantes na Praça Pearl, na capital Manama.
Para Ki-moon, é fundamental que o governo do Bahrein busque o diálogo com os líderes da oposição e também com a sociedade civil. O Bahrein é governado desde 1783 pela dinastia Al Khalifa e tem uma população de 1 milhão de pessoas, das quais metade é formada por estrangeiros. O país é um grande produtor de petróleo.
Números estimados por organizações não governamentais indicam que seis pessoas morreram e pelo menos 300 ficaram feridas no Bahrein em decorrência dos confrontos entre manifestantes e policiais.