Até 2021, o Haiti vai receber US$ 200 milhões anuais para a reconstrução do país, devastado pelo terremoto de 12 de janeiro de 2010. A decisão foi anunciada pelo presidente do Banco interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Alberto Moreno. O terremoto foi responsável por mais de 220 mil mortos, inúmeros desabrigados e a destruição de prédios públicos e privados.
Moreno se reúne hoje (28) com o presidente do Haiti, René Préval. Em 20 dias, o Haiti enfrenta o segundo turno das eleições, depois de denunciadas irregularidades no processo eleitoral. Disputarão as eleições a ex-primeira dama Mirlande Manigat e o cantor Michel Martelly. Paralelamente, o país vive uma epidemia de cólera que matou cerca de 4 mil pessoas.
“Trata-se de doações e não de empréstimos, concedidos no âmbito de um esforço do BID que trabalha com o governo haitiano e outros doadores para a reconstrução do país”, afirmou Moreno, que visitou ontem (27) a capital haitiana, Porto Príncipe.
Segundo Moreno, o BID vai colaborar ainda para a criação de um fundo que concederá créditos às pequenas e médias empresas do Haiti. Paralelamente, a instituição prevê apoiar o setor privado para favorecer a criação de empregos, em um país onde mais de 60% da força de trabalho estão desempregadas.
“A instituição multilateral criou, ao mesmo tempo, em conjunto com a Espanha um fundo de 50 milhões de euros que poderá atingir os 200 milhões [de euros], visando a participar no investimento de risco das instituições financeiras haitianas”, anunciou Moreno.
“Qualquer que seja o vencedor das eleições, o Banco Interamericano de Desenvolvimento está pronto para trabalhar com o futuro governo”.