O procurador-geral do Egito, Abdel Méguid Mahmoud, pediu hoje (21) formalmente o congelamento dos bens no exterior do ex-presidente egípcio Hosni Mubarak. O pedido judicial se estende também aos parentes de Mubarak, como a ex-primeira-dama Suzanne e os filhos, Alaa e Gamal, além das duas noras.

Na semana passada, as autoridades egípcias já tinham solicitado a alguns países europeus, como o Reino Unido e a Alemanha, o congelamento dos bens de ex-dirigentes egípcios. Porém, na ocasião, não citaram o caso específico de Mubarak – que ainda está no balneário de Charm El Cheikh, no Mar Vermelho.

De acordo com especialistas, o patrimônio da família Mubarak reúne de US$ 40 bilhões a US$ 70 bilhões. Há investimentos em Londres (Grã-Bretanha), Paris (França), Madri (Espanha), Frankfurt (Alemanha), Dubai (Emirados Árabes), Washington e Nova York (Estados Unidos), segundo dados da IHS Global Insight, empresa que faz análises econômicas e financeiras.

Mubarak renunciou no último dia 11, pressionado por manifestações populares e cobranças de líderes estrangeiros. Ele deixou o poder sob a acusação de exercer um governo autoritário, de violações aos direitos humanos e enriquecimento ilícito. O ex-presidente ficou quase 30 anos no comando do Egito.