Pelo menos 14 pessoas foram mortas por policiais, durante os protestos na Líbia, segundo a organização não governamental Human Rights Watch. A violência é intensa nas manifestações e nos confrontos entre forças policiais e manifestantes contrários ao governo do presidente líbio, Muammar Kadhafi. As informações são da BBC Brasil e da agência pública de Portugal, a Lusa.
Ontem (17) os protestos se tornaram mais intensos em três cidades da Líbia – Benghazi, Al-Bayda e Zenta. Inspirados pelas manifestações no Egito e na Tunísia, os protestos mais violentos ocorreram em Benghazi, segunda maior cidade do país, no Nordeste líbio.
De acordo com testemunhas, os manifestantes foram às ruas gritando frases como “o povo quer derrubar Khadafi”, que governa o país há quase 42 anos, depois de um golpe militar. Pelos dados da oposição, seis pessoas foram mortas em Benghazi e várias em Al-Bayda e Zentan.
Em Trípoli, capital do país, simpatizantes de Khadafi também se reuniram para uma manifestação em favor do líder.
Em Al-Bayda, o chefe da segurança municipal foi demitido após choques entre a polícia e manifestantes que, segundo a mídia local, deixaram vários mortos na quarta-feira (16).
A TV estatal, no entanto, ignorou os protestos, exibindo apenas músicas patrióticas e fotos das manifestações em favor do governo em Trípoli. Os manifestantes pró-Khadafi acusam a mídia estrangeira de incentivar os protestos.
Os manifestantes têm usado as redes sociais para convocar protestos.