O governador Geraldo Alckmin anunciou, na manhã de ontem (23), que, nos próximos cinco meses, a Polícia Militar passará a registrar boletins de ocorrência em todo o Estado. Satisfeito com a aprovação da população ao registro de BOs na PM na 4ª Companhia do 2º Batalhão de Polícia Militar, na Zona Leste de São Paulo, o governador deu sinal verde para um cronograma que prevê a implantação gradativa do serviço até o final de agosto em todas as regiões de São Paulo. Além de beneficiar a população mais carente, o registro de boletins de ocorrência na PM colabora para reduzir a subnotificação criminal e para o descongestionamento dos distritos policiais.
“Isso que deu certo agora é expandido. Então, no mês de abril, vai para toda a cidade de São Paulo, para todas as seccionais. Em maio, para o ABC e Mogi. Depois, Guarulhos e Osasco. Vai expandindo. Até agosto todo o estado de São Paulo, inclusive o interior, já terá também a possibilidade do registro do BO feito pela Polícia Militar e, online, já nas mãos da Polícia Civil”, declarou o governador.
De ontem até 5 de abril, todas as unidades da PM na Zona Leste da capital passarão a atender à população que não tem acesso à internet para registrar ocorrências. A região tem 3,8 milhões de habitantes. Até o começo de maio, todas as unidades da PM na capital deverão estar aptas a registrar os boletins de ocorrência. A cidade tem 11 milhões de habitantes. Até junho, o boletim de ocorrência feito pela PM chega aos municípios da Grande São Paulo, onde vivem 7 milhões de habitantes.
Ainda em junho, o novo serviço prestado pela Polícia Militar passa a ser oferecido à população do Vale do Paraíba, Litoral Norte, Baixada Santista, Campinas e Piracicaba. Em julho, chega a Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Bauru e Sorocaba. Finalmente, em agosto, os policiais militares de Presidente Prudente, Andradina e Araçatuba passam a registrar ocorrências criminais.
SERVIÇO – No boletim de ocorrência, o policial militar faz o registro do que ouviu das partes envolvidas no fato. Dessa forma, vítimas e testemunhas não precisam comparecer à delegacia antes de ser aberto o inquérito policial. Após o registro, a Polícia Militar repassa para a Polícia Civil todas as informações colhidas e o cidadão recebe de imediato uma cópia do registro da ocorrência.
A medida busca ampliar o acesso da população carente aos serviços prestados pela Polícia Civil através da Delegacia Eletrônica, o que descongestionará as delegacias.
Policiais civis passarão a se concentrar em casos mais graves e nas investigações criminais. Sem contar a agilidade do processo, pois em média, o registro é feito em 11 minutos.
Para outros tipos de crime, a orientação permanece a mesma: o cidadão deve procurar a Polícia Militar para receber atendimentos emergenciais, pessoalmente ou através do telefone de número 190, e registrar o boletim de ocorrência nas delegacias e distritos policiais civis.