O Instituto Butantan, órgão da Secretaria de Estado da Saúde, desenvolveu uma técnica que reprograma células extraídas de dente de leite, tornando-as capazes de criar qualquer célula e tecido.
A técnica abre caminho para revolucionárias descobertas científicas, podendo ser usadas no desenvolvimento de novos tratamentos para doenças motoras, imunológicas, de regeneração de ossos e nervos, na reconstrução de células dos músculos, cartilagem e outros tecidos, e enfermidades psiquiátricas.
A pesquisa demonstrou que as células-tronco adultas da polpa de dente de leite podem reduzir a um estágio pluripotente induzido (iPS em inglês). Essas células demonstraram ter a mesma versatilidade de células-tronco embrionárias, retiradas de embriões de poucos dias.
“É como se conseguíssemos pegar uma célula de uma flor e a transformássemos novamente em muda, capaz de originar qualquer parte da flor. Com a descoberta nos igualamos a países desenvolvidos que trabalham com pesquisas de ponta”, explica Irina Kerkis, do laboratório de genética do Butantan. Antes, entre os países desenvolvidos, somente a China desenvolvia pesquisas de ponta nesta área.
Outro benéficios da técnica é que ela não é invasiva, além de ser mais rápida e barata que outros métodos. Muitos pesquisadores estudam as iPS em células da pele, que podem causam mutações, transformando-se em tumores devido à exposição ao sol e outras contaminações. Além disso, é necessária uma biópsia para retirá-las.
Com informações do Governo do Estado.