O governo de Cuba prepara a libertação de mais dois presos políticos de um total de 75 dissidentes condenados em 2003. A decisão foi divulgada ontem (22) pela Igreja Católica de Cuba, que participa das negociações para a libertação dos dissidentes. Com isso, será concluído um processo que ocorre há nove meses.
Os próximos a serem libertados são Felix Navarro e José Ferrer. As libertações só foram possíveis depois de um longo acordo entre as autoridades locais, a Igreja Católica de Cuba e o governo da Espanha. Muitos dos dissidentes foram enviados para a Espanha depois de deixar a prisão.
Em 2003, um protesto contra o regime cubano levou à prisão 75 dissidentes. Desse total, 23 foram libertados no período de 2003 a 2010, todos por questões de saúde. Em maio de 2010, a Igreja Católica fechou um acordo para a libertação dos outros 52 manifestantes.
No ano passado, 40 dos 52 presos foram libertados e partiram para o exílio na Espanha. Outros dez saíram da prisão, mas continuaram em Cuba. José Ferrer e Félix Navarro foram os últimos mantidos presos. Eles recusaram a ordem de ir para a Espanha como condição para a libertação.