A Defensoria Pública de São Paulo pediu à Justiça a interdição da carceragem da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de São José do Rio Preto. A carceragem tem oito celas individuais, mas, em 17 de março, abrigava 63 detentos, quase oito vezes mais do que a capacidade.
De acordo com defensoria, as celas não têm janelas, ventilação ou claridade adequadas, os banheiros não têm portas e as paredes estão com infiltração e mofo. Não há local reservado para o banho de sol dos detentos, visitas de parentes são proibidas, assim como a entrada de alimentos. O tempo médio de permanência dos presos na DIG é 50 dias, apesar da lei limitar em três dias o prazo de permanência de um preso em carceragem provisória.
O pedido de interdição das celas foi encaminhado ao juiz corregedor da Polícia Judiciária em São José do Rio Preto, que analisa o caso. Segundo a Defensoria Pública, outras delegacias serão fiscalizadas rotineiramente.