Ontem (18) à tarde, um grupo de empresários que possuem estabelecimentos comerciais na rua Ipiranga e proximidades se reuniram em manifestação no final da via que cruza com a rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294). No local, a entrada e saída de veículos foi interditada em novembro do ano passado pelo DER em comum acordo com a Prefeitura, por ocasião de dois acidentes com vítimas fatais.

Na época, o engenheiro João Augusto Ribeiro, diretor regional do DER disse que o fechamento seria provisório para a realização de obras emergenciais que poderiam ser feitas em 30 dias.

Como se passaram quase cinco meses, e as obras nem se quer começaram, os empresários sentindo-se prejudicados com o fechamento decidiram fazer o manifesto para chamar a atenção dos responsáveis.

Eles dizem estar sendo prejudicados já que o movimento do comércio ali existente caiu consideravelmente. Ademir Munis Lhama Junior, da Madeireira Triângulo disse que o grupo só pede a liberação da rua Ipiranga já que depois do fechamento ficou difícil para as empresas que pagam seus impostos corretamente. “Tivemos certo prejuízo com isso, visto que clientes nossos de outras cidades reclamam por falta de acesso e os problemas de transportes de cargas com as carretas tendo que entrar por baixo. Essa medida foi drástica e complicada, mas não podemos pagar pelo acidente que aconteceu e a Prefeitura e o DER precisam pensar melhor e retirem os tubos, pois prometeram e não fizeram em 30 dias”, disse Junior.

O vereador Francisco Rossi disse que o Legislativo pede a reabertura da rua, pois é um absurdo o que fizeram e prometeram num prazo de 30 dias solucionar o problema, mas até agora nada aconteceu. “O que a gente quer é a retirada dos tubos e liberar a saída enquanto não faz o trevo ou o canteiro central favorecendo quem entra e sai de Dracena”, afirmou Rossi.

Sérgio Roberto de Souza, da Hidro Mecânica disse que estava lá prestando apoio ao movimento já que o problema está criado e é preciso encontrar uma solução pacífica para ele. “É inegável que a cidade cresceu para esse lado da rodovia. Temos que ter uma entrada e saída para a rodovia, principalmente os doentes da região que se dirigem até a Santa Casa. Ficamos privados, minha empresa fica próxima daqui e as pessoas que moram do lado da rua Ipiranga têm que dar a volta por cima. Temos que encontrar uma solução junto ao DER para minimizar o problema e não vejo dificuldade para isso”, comentou o empresário.

Rogério Mena, da empresa Draceaço disse que o fechamento da Ipiranga prejudicou o seu comércio já que clientes e fornecedores não podem mais entrar pelo local de costume. “Dracena tem quatro acessos e esse da Ipiranga é o principal já que permite as pessoas chegarem até a Santa Casa e ao AME. Queremos a reabertura imediata, a construção de um canteiro central urgente ou a colocação de cones na rodovia que seria a solução mais rápida”, ressaltou Mena.

Os vereadores Milton Polon, Claudinei Milan Pessoa (Melão), Francisco Rossi e José Antonio Pedretti estiveram no local apoiando o manifestação. Pedretti ligou para o engenheiro João Augusto Ribeiro e ele disse que já está sendo elaborado projeto de construção de um canteiro central no local em questão.

Segundo o vereador, Ribeiro ficou de vir a Dracena na segunda-feira, quando pretende marcar reunião com os empresários da rua Ipiranga.