O governo do Japão pediu ajuda aos Estados Unidos para resfriar os reatores da usina nuclear de Fukushima, atingidos pelo terremoto e o tsunami da última sexta-feira (11). A informação foi divulgada ontem (14) pela Comissão Reguladora Nuclear dos Estados Unidos (NRC), que recebeu o pedido.

“A NRC considera a possibilidade de resposta ao pedido, que passa por ajuda técnica”, diz comunicado divulgado pela comissão.

O Japão também solicitou à Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) o envio de uma equipe de peritos para tentar controlar o aquecimento dos reatores nucleares.

Na tarde de ontem, funcionários da Tokyo Electric Power informaram que as barras de combustível do reator 2 da Usina de Fukushima estão expostas depois de uma baixa considerável no nível de água, usada para resfriar o reator, segundo a emissora pública de notícias do Japão, NHK. Para evitar um superaquecimento ou uma explosão, as equipes da companhia passaram a injetar água do mar.

NÚMEROS – O governo japonês calcula mais de 1.800 mortos e 15 mil desaparecidos vítimas do terremoto e do tsunami que devastaram o nordeste do país na última sexta-feira (11).

O número deve continuar a crescer. Só na província de Miyagi, uma das mais atingidas, estima-se que mais de 10 mil pessoas morreram, segundo informações do serviço em português da emissora pública japonesa NHK.

As autoridades da província confirmaram 785 mortes em Higashimatsushima, Kesennuma e Sendai. Na cidade litorânea de Minamisanriku, em Miyagi, mais da metade da população de 17 mil habitantes permanece desaparecida. A maioria das casas e prédios da cidade foi levada pela força das ondas gigantes (tsunami).

Em Sendai, de 200 a 300 corpos foram encontrados em uma praia, vítimas do tsunami.