A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, advertiu hoje (1º) para o risco de uma “guerra civil prolongada” na Líbia. Ela acrescentou ainda que o governo dos Estados Unidos examina a hipótese de imposição de uma “zona de exclusão aérea” para conter a violência na região. Hillary afirmou que o governo norte-americano fez consultas a aliados para planejar as ações necessárias, incluindo uma zona de exclusão aérea.

“Em relação à Líbia, os Estados Unidos mostraram capacidade de liderança ao impor sanções muito duras”, disse Hillary. Os EUA adotaram medidas restritivas à Líbia que reforçam as sanções definidas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.

O pacote adotado pelo Conselho de Segurança das Nações estabelece o congelamento de bens do presidente da Líbia, Muammar Khadafi, de toda a família dele e de assessores. No total, são 16 pessoas. Também há o embargo para a venda de armas para a Líbia e mais a abertura de investigações contra Khadafi no Tribunal Penal Internacional.

Segundo Hillary, o governo dos Estados Unidos “não exclui qualquer opção” e a imposição de uma zona de exclusão aérea “é uma ação que se analisa ativamente”. No entanto, ela não detalhou como podem ser executadas essas propostas.

Para a secretária, a Líbia enfrenta um momento político e econômico que pode levar a “afundar-se no caos”. Hillary se refere ao agravamento da crise política no país, que começou no último dia 15 com as manifestações de rua pedindo a saída de Khadafi. Desde então, a oposição avança sobre várias cidades líbias, mas a capital Trípoli continua sob poder do governo.