Ao menos 8 mil moradores do distrito de Guariba, a 15 quilômetros (km) do centro da cidade mato-grossense de Colniza, continuam isolados devido à queda de uma ponte de madeira, levada pelas forças das águas do Rio Aripuanã, no último dia 2. Outra ponte que permite a ligação entre Colniza e Aripuanã, está submersa.
Segundo a assessoria da prefeitura de Colniza, a única forma de deixar ou chegar ao distrito de Guariba é de barco e a maior preocupação é quanto ao abastecimento de óleo combustível, usado na geração de energia e cujos estoques normalmente são calculados para 15 dias. Ruas e avenidas de Colniza também foram danificadas pelas chuvas que atingem a região.
Como continua a chover e o nível da água do rio não dá sinais de que vá baixar logo, o óleo diesel disponível está sendo racionado no município. A prefeitura já contratou uma balsa para garantir a travessia do rio enquanto o acesso não for normalizado, mas a embarcação só deve começar a operar daqui a 45 dias. Como ainda não é possível definir o grau de comprometimento da estrutura da ponte derrubada, a administração municipal não sabe se será possível reconstruí-la. A ponte era a maior da América do Sul construída em madeira, com 275 metros.
Esta manhã, dois técnicos da Defesa Civil estadual partiram da capital do estado, Cuiabá, a 1.065 km de distância, com destino a Colniza. Eles farão o levantamento da situação para que as autoridades estaduais possam traçar um plano de atendimento à população.
De acordo com a Defesa Civil, cinco cidades da região norte do estado já decretaram situação de emergência em função das chuvas, que afetaram estradas, infraestrutura urbana e plantações: Alto da Boa Vista, Nova Maringá, Nova Xavantina, Novo Mundo e Colniza.