As agências da Organização das Nações Unidas (ONU) estão mobilizadas para apoiar as autoridades do Japão na tentativa de enfrentar os problemas causados pelo terremoto seguido de tsunami, no último dia 11, e os acidentes nucleares que ocorreram no país. Os especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS), da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) e da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) estão em alerta.

A OMS, em nota divulgada hoje (23), informou que, por questão de segurança, as autoridades japonesas aconselham os consumidores e produtores a adotar uma série de medidas em relação à produção e ao consumo de alimentos no país, especialmente nas áreas próximas aos locais onde houve acidentes nucleares.

Em nota, a organização ressalta que a catástrofe no Japão provocou a perda de milhares de vidas e casas e deixou edifícios estragados ou destruídos. Também lembra que a catástrofe atingiu o sistema de infraestrutura do Japão no setor de transportes e afetou as plantações e a produção de peixes no país.

As informações são da OMS. De acordo com a organização, o alerta se ampliou também em decorrência dos danos causados nos reatores da Usina Nuclear de Fkushima Daiichi, no Nordeste do Japão. Para os peritos, o risco de exposição à radiação na área ainda é grande.

A crise se agravou ainda mais depois das explosões e dos vazamentos nucleares na região. A água e o leite, entre outros produtos alimentícios, estão contaminados por materiais radioativos, segundo as autoridades japonesas.

A OMS ressaltou que o governo do Japão mantém um sistema rigoroso de supervisão de radioatividade nos alimentos. De acordo com os especialistas da organização, o serviço japonês de vigilância alimentar faz medições frequentes de radioatividade nos alimentos.