Ontem (21) de manhã, a Polícia Civil realizou a Operação Cowboy e cumpriu mandados de prisões temporárias de 30 dias e de busca e apreensão expedidos pela Justiça prendendo 13 acusados de estarem envolvidos com o tráfico de drogas em Dracena e na região.

Segundo a polícia, no total foram cumpridos 13 mandados, sendo localizados e presos 11 homens, duas mulheres e uma adolescente de 17 anos, em diversos pontos da cidade, além disso, foram apreendidos um carro e três motos, sob a suspeita de terem sido adquiridos com o tráfico. Não foram apreendidas drogas.

Outras três mulheres que também fariam parte do grupo conseguiram fugir e são consideradas procuradas da Justiça.

Segundo a polícia, foram presos Edivaldo da Silva, vulgo Canela; Rogério Lopes Oliveira, Rogerinho; Juliano Roberto Martinho, vulgo Buda; Renato Santos Sena; Sandra Celestino Falavina; Daniele de Moraes Buzon; Fábio Pavan Lopes; Fábio da Silva, vulgo Fabinho; André Tavares Vicente; Marcelo Garcia Catinaccio; André Luis de Oliveira; Daniel Costa da Silva.

Também foi cumprido mandado de prisão contra Fábio Santos Chítero que está preso desde o dia 15 de fevereiro, por prisão civil.

As prisões são resultados de investigações feitas pela DIG/DISE de Dracena, comandadas pelos delegados André Luengo Lopes (DIG) e Wagner Storti (DISE).

Os delegados em entrevista coletiva na Delegacia Seccional de Polícia de Dracena disseram que os acusados presos vinham sendo investigados há oito meses, onde se constatou o envolvimento deles na compra e venda de crak, cocaína e maconha, distribuídos na região.

De acordo com os delegados, esse grupo teve a prisão temporária decretada por 30 dias que pode ser prorrogada por igual período e depois pode ser pedida a prisão preventiva do mesmo.

O delegado Storti disse que Buda é considerado pela investigação como um dos ‘cabeças’ do grupo que apesar de não colocar as mãos tem pessoas que estavam agindo para ele na comercialização da droga. Storti explicou que o trabalho de investigação no caso foi muito difícil e exigiu da polícia muita paciência e tempo, mas deu resultado positivo culminando nas prisões dessas pessoas.

Segundo ele, outros integrantes desse grupo que já tinham sido presos continuavam participando de dentro dos presídios das negociações e comercialização dos entorpecentes.

Ainda de acordo com Storti, Buda e Canela e outros dois elementos que estão presos seriam os cabeças do grupo, onde pessoas foram agenciadas para fazer o tráfico.
O delegado Alexandre Luengo Lopes disse que foi um trabalho de inteligência da polícia com o levantamento e monitoramento dos locais, surpreendendo os investigados de envolvimento no tráfico e associação ao tráfico.

Luengo disse que desde o início das investigações já haviam sido presos outros acusados de envolvimento no tráfico que faziam parte deste grupo preso ontem.

Os dois delegados disseram que a polícia tem provas contra as pessoas presas, tais como algumas imagens em CD e que pretende ouvir 50 usuários que foram identificados durante as investigações que terão que explicar porque compravam as drogas. A polícia quer saber desses usuários se a droga era para o consumo próprio ou não já que caso contrário podem ter o pedido de prisão solicitado pela Justiça.

O delegado Storti afirmou ainda que as investigações começaram no final do ano passado quando a polícia recebeu a informação de que ocorreria um sequestro em Dracena que acabou sendo abortado por um dos investigados. “Nos oitos meses de investigações e com a liberdade que essas pessoas vinham agindo conseguimos chegar ao máximo possível das prisões. Eles não desconfiavam que vinham sendo monitorados, vendiam todo tipo de droga e traziam de Corumbá para abastecer o mercado.

Um dos integrantes agenciava a busca da droga que era trocada por veículos roubados”, disse o delegado Storti.

Participaram da operação comandada pelo delegado seccional João Paulino da Silva, grande número de policiais civis e delegados de Dracena e da região, reforçados por policiais civis da Seccional de Presidente Prudente, acompanhados do delegado Mauro Chiyoda e de Adamantina, num total de mais de 70 homens trabalhando.

O delegado seccional João Paulino disse que com essa operação de ontem já se somam três em 60 dias com 32 pessoas presas em Dracena e na região. “Esse trabalho é cotidiano e precisa ser contínuo visto que a gente sabe que a droga está disseminada em todas as regiões e não podemos parar nunca este tipo de investigação”, comentou João Paulino.

Os homens presos foram levados para a cadeia de Presidente Venceslau de onde devem ser transferidos para o CDP de Caiuá e as duas mulheres para a cadeia de Adamantina.

O delegado Wagner Storti disse que o inquérito policial sobre a investigação será concluído nos próximos dias para depois ser relatado a Justiça.