Apesar dos esforços do Ministério da Saúde em alertar principalmente as mulheres sobre a importância do uso da camisinha – como método mais eficaz para prevenir uma gravidez indesejada, além de Doenças Sexualmente Transmissíveis – o descuido com a saúde ainda é grande.

O farmacêutico Danilo do Val Lapenta, proprietário da Drogazé de Dracena, disse que a procura por pílulas do dia seguinte aumentou consideravelmente na farmácia no período de folia. Ele destaca que a pílula deve ser utilizada como método de contracepção de emergência, mas as pessoas se esquecem da camisinha e buscam o comprimido, que deve ser vendido sob prescrição médica.

“Primeiro é preciso lembrar que a pílula não tem 100% de eficácia contra gravidez e, o mais importante, seu uso não evita o contágio por DSTs. Além disso, o uso abusivo pode causar um descontrole hormonal com prejuízos à saúde”, aponta o farmacêutico.

No período do Carnaval, os coleréticos (estimula a produção da bile pelo fígado) e antiácidos também conhecidos como “antirressaca”, registraram aumento de vendas de cerca de 40%, segundo Lapenta. Mesmo que possam ser vendidos sem a receita, o farmacêutico frisa que é necessário sempre pedir orientações para o uso.

SOBRE A PÍLULA – A pílula anticoncepcional de emergência, também conhecida como pílula do dia seguinte, é um recurso importante para evitar uma gravidez indesejada. Seu uso deve ser reservado para situações excepcionais, e não deve ser usada na rotina, em substituição a outros métodos anticoncepcionais.

É indicada nas situações de falha de métodos anticoncepcionais (rompimento da camisinha, esquecimento de tomar pílulas ou injetáveis, deslocamento do diafragma ou do DIU, uso incorreto dos métodos comportamentais), de violência sexual ou de relação sexual sem uso de método anticoncepcional.

A pílula anticoncepcional de emergência deve ser prescrita por médico, e seu uso deve iniciar-se até no máximo cinco dias após a relação sexual desprotegida. Entretanto, sua eficácia é maior quanto mais precoce for o seu uso.

É importante esclarecer, que a pílula não é abortiva, pois não interrompe uma gravidez estabelecida e seu uso deve se dar antes da gravidez. Os vários estudos disponíveis atestam que ela atua impedindo o encontro do espermatozóide com o óvulo, ou seja, inibindo a ovulação.

Portanto, o seu mecanismo de ação é basicamente o mesmo dos outros métodos anticoncepcionais hormonais (pílulas e injetáveis). As informações são do Ministério da Saúde.