Salvador é, sem dúvida, uma das cidades mais belas do mundo. Por isso, e por outra série de características singulares, tornou-se também um dos principais destinos turísticos internacionais. Famosa pela sua história, pelo legado deixado por povos de outros continentes, pela miscigenação cultural, pelo sincretismo religioso e pelo povo hospitaleiro, a capital baiana é cenário e objeto de estudo de profissionais de diversas áreas, há muitos anos.
Quem vem a Salvador pela primeira vez se encanta e quer voltar. Quem mora por lá é naturalmente encantado e dificilmente sai. Experimente. Só quem experimenta Salvador da Bahia sabe o gosto que essa terra tem e entende por que a capital baiana é um dos principais destinos turísticos do mundo. Saboreie todos os cantos e todos os temperos dessa Feliz Cidade.
O Carnaval de Salvador é considerado o maior Carnaval de rua do mundo, mas não é à toa. Anualmente milhares de turistas enchem as ruas na maior festa popular brasileira.
Mas afinal, o que é o Carnaval? São várias as versões sobre a origem da palavra Carnaval. No dialeto milanês, “Carnevale” quer dizer “o tempo em que se tira o uso da carne”, já que o carnaval é propriamente a noite anterior à Quarta-Feira de Cinzas. No Brasil, o evento é a maior manifestação de cultura popular, ao lado do futebol.
É um misto de folguedo, festa e espetáculo teatral, que envolve arte e folclore. Na sua origem, surge basicamente como uma festa de rua. Porém, na maioria das grandes capitais, acaba concentrado em recintos fechados, como sambódromos e clubes.
O Carnaval de Salvador começou no Século XIX. Grupos de mascarados saíam às ruas fazendo brincadeiras e atirando bexigas cheias com água de cheiro nos passantes. Era o Entrudo, o Carnaval português que chegava a Salvador como mais uma das contribuições do colonizador para a cultura local. Mais de 100 anos depois, o Carnaval da capital baiana, que herdou ainda a influência da musicalidade africana dos escravos, tornou-se a maior e mais animada festa de rua do Brasil e do mundo. Durante os seis de folia, a capital baiana abriga mais de dois milhões de pessoas todos os anos, que dançam e pulam atrás do trio elétrico por 25 quilômetros de ruas e praças.
Organizado pela Prefeitura Municipal, através da Emtursa – Empresa de Turismo S/A, a festa engloba mais de 20 órgãos públicos em sua operacionalização. O Carnaval também movimenta, através dos investimentos da iniciativa privada, milhões de Reais por ano, incluindo hospedagem, passagens, venda de abadás (fantasia que dá direito ao folião brincar nos blocos), comercialização de bebidas e alimentos, venda de camarotes (espaços privativos para assistir aos desfiles) e arquibancadas, entre outros.
A folia de Momo na capital acontece em três circuitos oficiais, que foram nomeados em homenagem aos músicos que deram contribuições importantes ao Carnaval:
Dodô (do Farol da Barra até Ondina, na orla marítima)
Fica à beira mar. Nele desfilam os blocos alternativos formados por estudantes universitários e adolescentes. Os camarotes de artistas famosos também ficam no circuito Barra/Ondina, onde o evento é mais animado sempre do final da tarde até a madrugada.
Osmar (do Campo Grande a praça Castro Alves, no centro da cidade)
No circuito Osmar, o mais antigo dos três, acontece os desfiles dos blocos e agremiações mais tradicionais do evento. Nele, a festa começa ainda pela manhã. É lá também que funciona o espaço infantil, com uma área específica para as crianças se divertirem sem riscos, e ocorre o julgamento dos melhores blocos, cantores e bandas do ano.
Batatinha (no Centro Histórico e ruas do Pelourinho)
Já o Batatinha, que está situado numa área tombada pela Unesco como Patrimônio Cultural da Humanidade, possui um Carnaval onde não entram os trios elétricos (caminhões equipados com um grande palco para a apresentação dos artistas). A festa neste circuito é marcada por apresentações de bandinhas de sopro, charangas, grupos folclóricos e desfiles de fantasia.
Além dos circuitos oficiais, também acontecem festas nos bairros de Cajazeiras, Liberdade (bairro de maior concentração dos afro-descendentes da cidade, com 500 mil moradores), Periperi, no subúrbio ferroviário, e Itapuã.
Diversas bandas e atrações se apresentam nos palcos instalados nesses bairros.
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