A Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) informou hoje (23) que a Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, no Nordeste do Japão, permanece sem energia elétrica e, portanto, inviabilizando os sistemas de refrigeração em seis reatores. O abastecimento elétrico na usina foi interrompido desde o último dia 11, quando houve o terremoto seguido de tsunami no país. O risco de contaminação por radiação nuclear mantém em alerta as autoridades japonesas.

Segundo a Aiea, os sistemas nas unidades 1 e 2 da usina estão “seriamente comprometidos”. De acordo com os técnicos, há suspeita de danos ao combustível nuclear nas duas unidades. Diariamente são feitos testes para verificar o estado geral dos reatores. As autoridades japonesas esperam para breve a retomada das atividades nessas unidades.

As informações são da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), que diariamente recebe dados detalhados das autoridades japonesas. Nas unidades 3 e 4 de Fukushima Daiichi, os sistemas de refrigeração também estão bem comprometidos. No caso da unidade 4, o combustível foi removido antes do terremoto. Ainda assim, segundo os peritos, há a preocupação de que o combustível seja irradiado.

De acordo com a agência, nas unidades 5 e 6 o trabalho de refrigeração é conduzido com sucesso. Porém, o restabelecimento de energia externa para a usina não significa que os reatores possam ser colocados em funcionamento imediatamente. Por essa razão, os técnicos intensificarão os trabalhos de verificação dos reatores.

As explosões e os vazamentos de energia nuclear no Japão acenderam a luz de alerta no país e no mundo. As autoridades recomendaram que os moradores de Fukushima evitem a água e o leite da região. Há ainda suspeitas em relação à contaminação de alimentos e do meio ambiente.