Em reunião realizada nesta quinta-feira (17), representantes sindicais, do comércio e vereadores discutiram sobre as ações que podem ser feitas a favor da revogação da decisão judicial que não permite mais o arrendamento das unidades frigoríficas do Grupo Kaiowa, incluindo a de Presidente Venceslau.

Segundo a Justiça, está liberada apenas a venda dos imóveis, o que prejudicaria

uma retomada de suas atividades a curto prazo. Somente o frigorífico local é avaliado em cerca de R$ 100 milhões.

Além do prefeito Ernane Erbella, participaram do encontro o vice-prefeito João Monteiro; o diretor da subsede do Sindicato dos Empregados na Indústria de Alimentação em Presidente Venceslau, Roberto Moreira; o presidente da Aciprev (Associação Comercial e Industrial, Carlos Humberto Martins de Oliveira; o presidente do Sincomércio (Sindicato Patronal do Comércio Varejista), Guido Denipotti; a presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Presidente Venceslau, Nadir da Silva Almeida; a representante da Sert (Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho do Governo de São Paulo) e da Comissão Municipal de Emprego, Nancy Vitoria Maldonado de Oliveira; e os vereadores Eliseu Bayer Nogueira, João Paulo Arfélli Rondó, Tufy Nicolau Júnior, Serafim Gomes Ferreira e José Carlos da Silva.

Entre as propostas apresentadas na mesa de reunião, ficou acertada uma mobilização comunitária envolvendo forças políticas, sociais e sindicais para a confecção de um abaixo assinado que será enviado ao juiz autor da decisão solicitando a revisão da sentença proferida. A mobilização excederá os limites do município e será levada para as cidades vizinhas próximas, cujas populações se beneficiariam direta e indiretamente com a reabertura do frigorífico em Venceslau. O prefeito Ernane Erbella, que ocupa a função de 1º vice-presidente da Unipontal (União dos Municípios do Pontal do Paranapanema), incluirá a entidade municipalista na mobilização. Deputados estaduais e federais serão convocados a engrossar as fileiras do manifesto.

Simultaneamente, uma comissão formada pelo prefeito, vice-prefeito, presidente da Câmara Municipal e do sindicato dos empregados na indústria de alimentação manterá encontros com empresários e grupos de investidores que se interessam por arrendar ou adquirir a unidade venceslauense. A primeira reunião poderá ser com representantes do Grupo Marfrig que, extraoficialmente, já demonstrou interesse de expandir seus negócios para Venceslau, rumores que aumentaram após o fechamento do Independência, último frigorífico locatário das instalações.

Ernane Erbella iniciou os trabalhos que podem ser feitos pela Prefeitura em relação ao assunto. “A retomada das atividades do frigorífico, independente de qual grupo estiver à frente, é de grande importância para Presidente Venceslau. A indústria sempre foi a maior geradora de empregos em nossa cidade e vê-la na atual condição muito nos entristece”, comentou o prefeito.

Nos tempos em que o Kaiowa operava a unidade, eram verificados matança, desossa e beneficiamento da carne para exportação a dezenas de países da Europa e Oriente Médio. Mais de 1300 empregos eram gerados. Com o Independência, o frigorifico passou por profundas reformas em sua estrutura física para se dedicar ao setor de desossa, visando o mercado de exportação. Foram instaladas máquinas de embalagem e esteiras de última geração, com capacidade para 100 mil peças ao dia. A câmara fria foi reformada e conta com equipamentos de alta tecnologia. Cerca de 800 empregos eram gerados pela indústria.

“É um compromisso com a nossa população lutar pela reativação do frigorífico. No entanto, é válido lembrar que se trata de uma empresa que enfrenta grandes e complexos entraves judiciais. Vamos fazer todo o possível, juntamente com os sindicatos, entidades, vereadores e deputados para que em breve possamos ter um posicionamento quanto ao assunto. Posicionamento este que esperamos ser favorável ao nosso município”, destaca o prefeito Ernane Erbella.

O frigorífico está parado desde abril de 2009, quando os trabalhadores tiveram seus contratos rescindidos. Desde então, uma equipe de 11 pessoas cuida da segurança, limpeza e manutenção básica do imóvel.

(Com Assessoria de Imprensa)