Experiente e com aproveitamento na cobrança de falta, o volante Marcos Assunção avisou que quer evitar qualquer tipo de polêmica antes do decisivo clássico contra o Corinthians, domingo (1º), às 16h, no Pacaembu. Ele respondeu às declarações dos corintianos que reprovaram o “chute no vácuo” de Valdivia na vitória sobre o Santo André, pela Copa do Brasil.
O Mago tem essa jogada como trunfo e causou polêmica na partida de quinta-feira passada. Do lado alvinegro, Fábio Santos disse que a jogada era desnecessária, enquanto Leandro Castán afirmou que gostaria de ver o chileno protagonizando o lance quando o Palmeiras estivesse em desvantagem.
“Tem muito jogador que vai na imprensa e diz ‘ah, se fosse comigo, se fosse isso, se fosse aquilo’. Não é assim, tem de deixar jogar. O Valdivia faz isso sempre, não é só contra um ou outro time. Se tivesse desrespeito, aí tudo bem, mas não tem. Ele mesmo disse que fazia isso no Chile, na seleção, não podemos tirar o que ele tem de bom. Eu não faço esse chute porque eu não sei”, afirmou Assunção.
Depois da resposta endereçada aos corintianos, o volante tentou dar exemplos de fora do país para mostrar que o que Valdivia faz em campo não é desrespeitoso. Muito caçado em campo, o Mago utiliza suas artimanhas para fugir dos marcadores e também enervá-los. Contra o Santo André, a tática teve sucesso.
“É uma jogada dele, independentemente do que o Fábio Santos pensa e cada um pensa de um jeito e sabe o que faz dentro de campo. As pessoas vão no estádio para ver futebol bonito, alegre. Você tem de levar sua família para ver um espetáculo, como se fosse teatro, cinema… Muitos jogadores na Europa são assim e não parece falta de respeito. Já joguei com um cara que ficava a partida inteira dando risada, parecia que ele estava rindo de mim. Mas futebol é isso, é espetáculo”, disse o volante palmeirense.
Assunção prometeu não falar muito sobre o assunto e se manifestou apenas para defender o companheiro. Após apresentar seus argumentos para absolver Valdivia, o camisa 20 ressaltou que, na semana do clássico, vai procurar pensar mais no Palmeiras e menos no maior rival.
“Eu procuro falar do Palmeiras, do time que eu jogo. O adversário está lá treinando, fazendo o trabalho dele. Futebol se resolve dentro de campo, não aqui fora falando. Eu não falo, eu jogo. Fico quietinho e tento resolver lá dentro, aí depois do jogo conversamos”, finalizou.