Mais de 800 pessoas morreram pelos confrontos e ataques registrados no Sul do Sudão desde janeiro passado, que também deixaram 90 mil refugiados, informou nesta quarta-feira a vice-coordenadora humanitária das Nações Unidas nessa região, Lise Grande.

“Estamos preocupados com a atual situação, já que pelo menos sete milícias atuam (no Sul do Sudão) e continuam os choques armados entre tribos”, disse Lise Grande em entrevista coletiva em Cartum. Ela também alertou sobre ataques promovidos pelo grupo rebelde ugandense Exército do Senhor.

A funcionária afirmou que os atos de violência ocorreram desde a realização do referendo de autodeterminação do Sul do Sudão, entre os dias 9 e 15 de janeiro, que aprovou a independência do território meridional do Sudão.

A responsável da ONU advertiu que, se a deterioração da situação de segurança continuar, tal como vem ocorrendo, aumentará o número de pessoas que precisarão de ajuda humanitária urgente.

“Esperamos que permaneça o espírito de unidade até que possamos prosseguir nosso trabalho para estabelecer um estado democrático, forte e transparente”, ressaltou Lise Grande.

Nesse sentido, ela destacou que “a alegria da libertação, o nascimento de um novo Estado e o entusiasmo que os cidadãos do Sul possuem para ter sua própria república será um elemento unificador para eles”.