O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara aprovou hoje (19) um requerimento que convida o operador e delator do mensalão do DEM, Durval Barbosa, para prestar esclarecimentos sobre o repasse de dinheiro para a deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF), durante a campanha eleitoral de 2006.
O requerimento foi apresentado pelo relator do processo contra Jaqueline Roriz, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP). “O depoimento dele é importante para esclarecer os fatos aqui no conselho. A informação do Durval é que Jaqueline sabia da origem ilícita do dinheiro”, disse Sampaio.
O presidente do Conselho de Ética, deputado José Carlos Araújo (PDT-BA), disse que ainda hoje vai procurar Durval Barbosa para que ele compareça ao conselho na quarta-feira da próxima semana.
O inquérito sobre o depoimento de Durval Barbosa no caso da deputada Jaqueline Roriz chegou hoje ao colegiado. Ele narra que além dos R$ 50 mil mostrados em vídeo, teriam sido feitos outros repasses de R$ 30 mil a R$ 50 mil a deputada e entregues ao marido dela, Manoel Neto.
Segundo o depoimento do delator, os pagamentos a Jaqueline Roriz foram “determinados pelo então candidato José Roberto Arruda, tendo em conta o compromisso de Jaqueline não pedir votos a favor da coligação da candidata Maria de Lourdes Abadia, companheira de partido”.
Durval Barbosa cita também no seu depoimento que além do dinheiro, o acordo foi a garantia de que ela teria direito a indicar um administrador de cidade satélite. O que foi cumprindo com a indicação do administrador de Samambaia.
O Conselho de Ética analisa processo de cassação do mandato da deputada Jaqueline Roriz que foi acusada pelo P-SOL de quebra de decoro parlamentar.