Duas datas comemorativas devem ter impactos positivos nos resultados do comércio no segundo trimestre deste ano. O Dia das Mães e o Dia dos Namorados são duas das principais causas para o aumento de 2 pontos percentuais na intenção de compra dos consumidores na comparação deste trimestre com o passado.
Segundo dados divulgados hoje (12) pelo Programa de Administração do Varejo (Provar) da Fundação Instituto de Administração (FIA), 73,8% dos consumidores pretendem comprar bens duráveis neste trimestre. No trimestre passado, esse percentual era de 71,8%. “O Dia das Mães e o Dia dos Namorados são períodos muito importantes para o varejo e resultam nesse aumento de intenção de compras”, explicou o presidente do Conselho do Provar, Claudio Felisoni.
Produtos de grupo telefonia e celulares são mais desejados pelos 500 consumidores da cidade de São Paulo entrevistados para a pesquisa de intenção de compras. De todos os consultados, 12,8% pretendem comprar um desses produtos. Os eletroeletrônicos, segundo grupo mais desejado, fazem parte das intenções de consumo de 12% dos ouvidos.
Já na comparação entre o segundo trimestre deste ano e o mesmo período do ano passado, as intenções de compra caíram, segundo a pesquisa do Provar. No segundo trimestre do ano passado, 74,6% afirmavam ter intenção de adquirir bens duráveis. A taxa é 0,8 ponto percentual maior do que a verificada no mesmo período de 2011.
A pesquisa do Provar aponta que os automóveis, móveis, material de construção e itens da chamada linha branca (geladeira e freezer, por exemplo) estão entre os produtos que tiveram a intenção de compra mais reduzida de 2010 para 2011. Para Felisoni, isso pode ter sido causado pelo aumento das taxas de juros verificado neste período.
Esses tipos de produto, disse ele, são geralmente comprados a prazo. Neste caso, o aumento dos juros do crédito para o consumidor de 41% ao ano, em março de 2010, para 43,8%, em março de 2011, como detectou o Provar, tem mais impactos nas vendas. “Os impactos fazem mais sentido em setores que comprometem mais a renda das famílias, por mais tempo”, disse Felisoni.