O faturamento das empresas brasileiras, incluindo os setores industrial, comercial e de serviços, atingiu, em 2010, a maior taxa média de crescimento anual, com alta de 11,3% sobre 2009, segundo estudo da empresa de consultoria Serasa Experian. As empresas nacionais também fecharam o ano com o mais elevado nível de rentabilidade (10,3%), marca que supera o recorde de 2007, quando a taxa atingiu 9,7%.
Os dados constam da pesquisa feita com l.l55 empresas, tanto de capital aberto como de capital fechado, desde as de pequeno porte até as grandes empreas. A pesquisa é feita desde 2000.
“Esperávamos números bons, mas esse resultado acima dos 10% surpreendeu”, disse o gerente de Análise de Crédito da Serasa, Márcio Torres. Ele explicou que o bom desempenho foi obtido graças ao crescimento do consumo interno, em um cenário favorecido pela maior oferta de emprego, renda e crédito. Além disso, a evolução positiva é consequência dos incentivos fiscais concedidos aos setores automotivo, da construção civil e de móveis e eletrodomésticos.
Torres observou que, por enquanto, muitos países da Europa, os Estados Unidos e até mesmo a China, com grande potencial de demanda, ainda não se recuperaram plenamente dos efeitos da crise financeira internacional de 2008.
Entre os setores analisados, a a indústria foi o segmento com maior nível de faturamento (16,8%) ante uma queda, em 2009, de 4,3%, período em que amargou o impacto da crise mundial. No setor de serviços, a taxa ficou em 5,2% e, no comércio, 9%. Já a rentabilidade da indústria cresceu 12,7%; a dos serviços, 14,1%, enquanto a do comércio cresceu 4,3%.