A Grã-Bretanha sinalizou hoje (4) que pretende equipar os homens que integram as forças de resistência e oposição ao presidente da Líbia, Muammar Khadafi. O ministro das Relações Exteriores da Grã-Bretanha, William Hague, afirmou o governo britânico analisa a hipótese de fornecer equipamentos não letais aos oposicionistas.
Em sessão na Câmara dos Comuns, em Londres, Hague disse considerar também a possibilidade de fornecer armas ao movimento de rebelião líbio – mesmo depois da decisão das Nações Unidas de impor embargo à venda de armas aos líbios.
Segundo Hague, na próxima semana a crise na Líbia será tema de reunião em Doha, no Catar. De acordo com ele, a reunião permitirá ao grupo prosseguir com o trabalho iniciado na conferência de Londres, quando ele foi formalmente constituído com o objetivo de manter a coesão internacional.
Hague negou ainda que haja pressão por parte das autoridades britânicas para que o ex-chanceler líbio Moussa Koussa responda a questões da polícia e dos juízes escoceses sobre o atentado de Lockerbie, em 1988. Koussa chegou a Londres, na semana passada, direto da Tunísia.
No atentado de Lockerbie morreram 270 pessoas, a maioria norte-americanos. O líbio Abdelbaset Al Megrahi foi considerado responsável pelo atentado e condenado em 2001. Khadafi se envolveu na libertação de Al Megrahi, solto em agosto de 2009, por “razões médicas”.
Em fevereiro deste ano, o ex-ministro da Justiça líbio Mustapha Abdel Jalil acusou Khadhafi de ter ordenado pessoalmente o atentado.