Muricy Ramalho, do Santos, virou técnico de ponta treinando a equipe do Morumbi. Conhece tanto o Tricolor que, depois que saiu de lá, nunca perdeu confrontos contra seu ex-time. Foram três jogos: dois empates e uma vitória.
Amanhã, às 16h (horário de Brasília), no Morumbi, Muricy enfrentará novamente o time que o lançou para o futebol como jogador, nos anos 70, e que o transformou em técnico de ponta no triênio 2006, 2007 e 2008 (ele saiu em 2009).

Dessa vez, porém, há uma diferença fundamental. Será o primeiro jogo decisivo que disputará contra o São Paulo.
Vale vaga na final do Paulistão. Em caso de empate, disputa por pênaltis. Ele encarou o Tricolor treinando o Palmeiras, no empate por 0 a 0, no dia 30 de agosto de 2009, pelo Brasileirão e com o Fluminense duas vezes (2 a 2, dia 29 de agosto; e 4 a 1, dia 21 de novembro de 2010).

Vários jogadores do atual elenco são-paulino foram comandados por Muricy. Entre eles os zagueiros Miranda e Alex Silva, o volante Jean e o atacante Dagoberto. Isso sem falar no goleiro Rogério Ceni, a quem Muricy treinou no Expressinho (equipe alternativa do Tricolor que conquistou a Copa Conmebol de 1994. O técnico, na ocasião, era auxiliar de Telê Santana e Ceni, reserva de Zetti).

Depois, em 1997, já como efetivo, Muricy autorizou o goleiro a bater faltas.

Muricy só lamenta as circunstâncias desse reencontro. Os dois times estão bem desgastados, envolvidos em maratona de decisões.

O Peixe está nas oitavas de final da Taça Libertadores. Na última quarta, venceu o jogo de ida contra o América-MEX, por 1 a 0, na Vila Belmiro. Depois do clássico, embarca para o México, onde, terça-feira, disputará o confronto de volta.

Já o São Paulo se classificou às quartas de final da Copa do Brasil ao bater o Goiás, também por 1 a 0, na quarta.

“Os times estão desgastados e o espetáculo fica prejudicado. Mesmo assim, será um grande jogo, duro, difícil, como sempre são os clássicos decisivos”, afirmou o técnico do Peixe.