Brasília – O Brasil quer um tempo maior no processo de escolha do novo dirigente do Fundo Monetário Internacional (FMI). O ex-diretor-gerente do FMI Dominique Strauss-Kahn renunciou na semana passada, após ser acusado de agressão sexual a uma camareira de um hotel nos Estados Unidos. Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, mais importante do que escolher um nome para dirigir o FMI é conhecer propostas e compromissos dos candidatos.
“O Brasil vai examinar todas as candidaturas, que serão apresentadas até o dia 10 de junho. É o prazo que foi estabelecido. Aí, começa um período de avaliação de candidatos e de propostas”, disse Mantega. O prazo todo deverá ser encerrado no dia 30 de junho, com o anúncio do sucessor de Strauss-Kahn, que está em prisão domiciliar.
Segundo o ministro, o Brasil estuda a possibilidade de sugerir uma nomeação provisória para cumprir o restante do mandato de Strauss-Kahn, que terminaria em 2012. “Desta maneira, para a sucessão propriamente dita, teríamos um tempo maior para amadurecer e conhecer melhor os candidatos”, afirmou Mantega.
Para ele, os candidatos necessitam visitar os países que têm importância no FMI, incluindo os emergentes, como o Brasil. Os países emergentes ganharam peso no Fundo Monetário Internacional pela forma com que enfrentaram a crise econômica mundial.
“Foi assim na época em que Dominique estava em campanha. Ele veio ao Brasil, apresentou suas propostas e assumiu compromissos. Gostaríamos de um tempo maior. Se fizermos [a escolha] em um período mais curto, que seja um candidato para preencher o período do Dominique”