A alta do custo dos aluguéis novos de imóveis em São Paulo bateu mais um recorde em maio. Segundo o Sindicato da Habitação (Secovi-SP), a média dos aluguéis contratados no mês é 16,74% maior do que a verificada em maio do ano passado.
O percentual de aumento em 12 meses foi divulgado hoje (16) e é o mais alto já registrado pela Pesquisa Mensal de Locação do Secovi-SP, realizada desde janeiro de 2006. Ele supera em quase 1 ponto percentual o recorde anterior, registrado em abril (15,82%).
O aumento também é quase 7 pontos percentuais maior do que a alta dos aluguéis de contratos vigentes. Esses contratos são, em sua grande maioria, corrigidos pela inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que acumula alta de 9,77% em um ano.
A diferença entre o custo dos aluguéis novos e os vigentes, segundo o Secovi-SP, reflete um desequilíbrio entre a demanda por imóveis na capital paulista e quantidade de unidades disponíveis para locação. “Ainda há um desequilíbrio entre a oferta e a procura de imóveis para alugar na capital, mas aos poucos a situação está melhorando”, afirmou o vice-presidente de Gestão Patrimonial e Locação do Secovi-SP, Francisco Crestana, em comunicado da entidade.
A melhora citada por Crestana diz respeito à queda do ritmo mensal de aumento dos aluguéis novos. Em maio ante abril, a alta foi de 1,2%, o menor percentual em três meses. Na comparação entre abril e março, a alta havia sido de 2,2%.
As maiores altas de aluguel ocorreram nos imóveis de três dormitórios, que tiveram alta média de 2%. O aluguel das unidades de dois quartos subiu 1,1% e das de um dormitório, 0,8%.
O tipo de garantia mais usada nos contratos de aluguel firmados em maio foi o fiador (50% do total). A segunda forma mais usada foi o depósito antecipado de até três meses de aluguel (30%). Além disso, 20% dos novos inquilinos preferiram o seguro-fiança.
As casas e os sobrados foram os tipos de moradias locadas em menos tempo: entre 12 e 29 dias. Os apartamentos demoraram entre 17 a 36 dias para serem alugados.