A arrecadação federal cresceu 7,2 por cento em maio na comparação anual, alavancada pelo crescimento da massa salarial, e atingiu 71,534 bilhões de reais, valor recorde para o mês, informou a Receita Federal nesta quinta-feira.
Na comparação com abril, as receitas tiveram queda de 16,4 por cento. O recuo refletiu principalmente uma concentração sazonal de recolhimento de imposto de renda em abril, quando vence o prazo para a declaração anual de ajuste, mas a Receita também apontou um movimento de acomodação da atividade.
“A gente percebe que há um reflexo da acomodação da economia”, afirmou a jornalistas o secretário da Receita, Carlos Alberto Barreto, destacando o comportamento dos tributos sobre consumo.
O IPI sobre automóveis caiu 7,1 por cento em maio contra abril, enquanto a Cide, cobrada sobre os combustíveis, teve queda de 10,3 por cento.
No acumulado do ano até maio, a arrecadação federal somou 388,081 bilhões de reais em valores corrigidos pela inflação –volume também recorde, com aumento de 10,7 por cento ante os 350,602 bilhões de reais recolhidos em igual período de 2010.
Barreto disse esperar que a expansão das receitas se acomode neste patamar, e feche o ano entre 9 e 10,5 por cento
Segundo a Receita, no acumulado do ano a arrecadação foi alavancada pelo crescimento da massa salarial, da produção industrial e da venda de bens. Até abril, a base de comparação de 2010 também era comprimida pela vigência dos benefícios tributários para os automóveis, que se encerraram naquele mês.
Em maio ante maio, o crescimento da massa salarial, de 14,2 por cento, foi o mais determinante para a alta da arrecadação, segundo o Fisco.