No centro da proposta financeira para a possível fusão Pão de Açúcar-Carrefour, o que criaria o maior grupo varejista do país, está a Gama, um braço do fundo BTG Pactual, que recentemente adquiriu o banco Panamericano, do grupo Silvio Santos.
Carrefour anuncia proposta de fusão com Pão de Açúcar
Empresa da BTG Pactual é peça chave para fusão CBD-Carrefour
Conforme o comunicado já divulgado pelo Carrefour, a proposta contempla que a Gama ganhe participação no grupo varejista francês, para posteriormente entrar na estrutura acionária do grupo varejista brasileiro.
Já como acionista do grupo Pão de Açúcar, a Gama faria um redistribuição de suas ações no grupo brasileiro para o Carrefour, de modo que ambos partilhem uma participação igual na estrutura dessa companhia.
“Isso seria executado pela transferência do excesso da participação da Gama em 50% do Pão de Açúcar em troca de 90 milhões de ações preferenciais do Carrefour, representante cerca de 11,7% do capital social do Carrefour”, esclarece o comunicado, divulgado hoje.
“Na sequência, a Gama poderia adquirir mais ações do Carrefour no mercado aberto, representando 6% do capital social do Carrefour”, acrescenta.
A proposta financeira ainda prevê uma injeção de 1,5 bilhão de euros (cerca de US$ 2,1 bilhões) no grupo varejista brasileiro. A Gama vai se beneficiar com uma injeção de capital tanto do BTG Pactual quanto do BNDES, para o qual a proposta também foi encaminhada.